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Mais de 80% das escovas de dente podem trazer prejuízos à saúde bucal, aponta estudo

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 17 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

A higienização dos dentes deve ser feita utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com cerdas macias e creme na quantidade recomendada de acordo com a faixa etária.


A escolha por produtos de boa qualidade pode ser um desafio. Um estudo conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) aponta que a maioria das escovas disponíveis no mercado não corresponde às características desejáveis para uma escovação segura.


Segundo o estudo, mais de 82% das escovas de dente vendidas no estado de São Paulo têm cerdas que não atendem às normas brasileiras para esses produtos.


A cirurgiã-dentista Sônia Regina Cardim de Cerqueira Pestana, autora do estudo, afirma que as cerdas, que formam os tufos das cabeças das escovas dentais, “são afiadas quando deveriam ser arredondadas para não representar riscos à saúde dos usuários.”


A especialista, que atua como pesquisadora do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (Cecol), ligado à USP, afirma que as pontas das cerdas não arredondadas podem levar a lesões.


“Produzem micro ferimentos na gengiva e desgastes no esmalte do dente, o que representa risco para a saúde e um descumprimento das normas vigentes”, detalha. “A olho nu, é praticamente impossível averiguar o acabamento das cerdas e o consumidor acaba ficando à mercê da honestidade do fabricante”, afirma Sônia.


Ela cita pesquisador estadunidense Charles Bass, pioneiro no estudo das características de escovas dentais, ao afirmar que, “para a escova cumprir bem a sua função, o cabo deve ser reto e achatado e a cabeça deve ser compatível com a faixa etária de quem vai utilizar o produto”.


“No entanto, a maioria dos cabos não são retos e a quantidade de tufos e cerdas não atende ao padrão definido por Bass. Em nosso estudo, verificamos que o número de cerdas por escova variou de 500 a 7.500; e a quantidade de tufos oscilou entre 13 a 65”, esclarece Sônia.


A pesquisadora enfatiza a importância da atuação das instituições públicas e dos órgãos de defesa do consumidor, bem como da Vigilância Sanitária, no sentido de exigir o atendimento das normas e dos requisitos técnicos necessários.


Créditos: CNN Brasil

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