top of page

STF condena deficiente e tutor de família com ‘ossos de vidro’ a 14 anos de prisão pelo 8/1

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 3 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

ree

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais dez pessoas pelo 8 de janeiro, no julgamento no plenário virtual concluído em 26 de abril. As penas fixadas variam entre 14 e 17 anos, mais pagamento de multa.

 

Entre os que tiveram o destino selado está Rodrigo Ramalho, tutor de uma família na qual três pessoas têm ossos de vidro, doença chamada de osteogenesis imperfecta. Ramalho é ainda pai de um autista que precisa de cuidados especiais.

 

Outro preso do 8 de janeiro na lista de condenados pelo STF é Telmo Aparício, cidadão português que teria financiado o protesto. O homem de 48 anos tem deficiência auditiva.

 

Em julho do ano passado, Moraes autorizou a visita de um representante da embaixada de Portugal em Brasília a Aparício. Durante o encontro, o diplomata constatou que o homem é surdo.


Uma outra situação chocante que veio a público nesta quinta-feira (2) é o de uma adolescente detida junto com a mãe no dia 08 de janeiro. A garota tem crises de ansiedade recorrentes e dificuldades para socializar.

 

Depois de um ano do protesto, a menina, que tem TDAH (transtorno caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade) desde a infância, é agora atormentada por “medidas socioeducativas”, as quais consistem em prestação de serviços comunitários e um tratamento psicológico para “abandonar pensamentos extremistas”, além de sessões semanais com uma assistente social que critica o ex-presidente Jair Bolsonaro e “pessoas de direita” e exalta vacinas anticovid-19.

 

Essas exigências da Justiça começaram a ser cumpridas em fevereiro deste ano e podem durar até dezembro. “A garota quer virar logo essa página”, contou a advogada Carolina Siebra, que cuida do caso.”

 

Levada a Brasília pela mãe para acompanhar uma manifestação dita pacífica, a jovem então com 15 anos ficou alguns dias no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Ali, alimentava-se, tomava banho e fazia orações com os demais participantes.

 

No dia do protesto, as duas seguiram a procissão de gente rumo à Praça dos Três Poderes e passaram por uma revista. Minutos depois de cruzarem a barreira policial, se depararam com um cenário de guerra.

 

Para fugir das bombas de efeito moral, se refugiaram no Planalto. Ali, a mãe precisou amparar a filha, em virtude do estado de pânico e de ânsias de vômito desencadeadas na menina pela fumaça.

 

Com a chegada dos agentes e o fim do ato, mãe e filha foram separadas. Algemada, a menina acabou indo para uma delegacia na capital federal, onde passou por exame de corpo de delito e ficou em uma cela fria, sem dormir, pois ouvira de uma carcereira que não era raro pessoas morrerem “enforcadas” ali.

 

No dia seguinte, após uma audiência de custódia na qual o juiz fez perguntas sobre golpe de Estado e democracia, voltou para Minas Gerais com um parente que chegou para buscá-la. De acordo com a advogada, a jovem não teve direito sequer a um defensor público.


Conhecida por sua personalidade mansa, a garota fica agitada sempre que pensa em seu futuro, visto que pretende cursar faculdade e trabalhar. Desde que retornou para casa, a jovem vive com a mãe, a irmã e o pai, aposentado, que voltou a trabalhar para pagar contas acumuladas e advogados.

Comentários


81 9.9937-2020

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2023 por Blog do Jason Lagos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page