Sobe para quatro o número de mulheres que denunciam estupro no Aeroporto do Recife

Subiu para quatro o número de mulheres que denunciaram ter sido estupradas durante uma entrevista de emprego para uma vaga de ‘agente de proteção’, numa prestadora de serviços que opera no Aeroporto Internacional do Recife.

Segundo os advogados das vítimas, três mulheres prestaram queixa na Delegacia de Boa Viagem juntas, enquanto uma quarta vítima foi à delegacia denunciar o caso noutro momento.

“São quatro vítimas que foram registrar denúncia em períodos diferentes. Todas elas já prestaram depoimento e estão aguardando o encaminhamento do inquérito policial. Elas explicaram também que a entrevista de emprego era real, para uma vaga existente na empresa de segurança, e souberam da seleção por meio de outras pessoas que também se candidataram”, explicou o advogado Anderson Amorim, que representa as quatro mulheres.

Até à terça-feira, a Polícia Civil havia informado que três mulheres (duas com 23 anos e uma, com 37 anos) haviam feito denúncia de estupro durante uma entrevista de emprego no escritório da empresa GPS GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda. - que funciona dentro do Aeroporto Internacional do Recife - por um funcionário que realizava a seleção profissional.

A quarta vítima, segundo o advogado Anderson Amorim, também tem 37 anos. O advogado explicou que todas se candidataram ao trabalho e foram contactadas pelo setor de Recursos Humanos da empresa, que marcou dia e horário para que elas comparecessem para a entrevista com o recrutador.

“Basicamente, elas se reuniram antes, na antessala, enquanto aguardavam serem chamadas, individualmente. Quando entraram na sala do recrutador, foram violentadas. A pretexto de mostrar procedimentos de como seria a atividade laboral na empresa, ele se aproveitou dessa situação para abusar das vítimas”, complementou Anderson Amorim.

O advogado Anderson Amorim detalhou que as mulheres não eram amigas, mas se conheciam porque fizeram um curso da área de segurança juntas. Após a entrevista de emprego, elas se falaram por telefone e, conversando sobre o que tinha acontecido com cada uma, decidiram denunciar.

Créditos: G1