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PSDB seguirá reestruturação e buscará mais jovens, afirma Marconi Perillo

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 1 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

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Novo presidente do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo afirmou nesta 5ª feira (30) que o partido seguirá reestruturação iniciada na gestão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à frente da sigla e buscará mais jovens. Também defendeu que o gaúcho seja o candidato a presidente do PSDB em 2026.


Perillo foi eleito presidente do partido nesta 5ª feira, na 16ª Convenção Nacional do PSDB, no Centro de Convenções Brasil 21, na Asa Sul, região central de Brasília (DF). A prefeita de Palmas (TO), Chintia Ribeiro, foi eleita presidente do PSDB Mulher.


O novo chefe disse que o partido tem condições de voltar a crescer e vencer a bolha da polarização. “O PSDB fará isso de debater o país fora dessa polarização que tantos males já causou ao país”, declarou.


A eleição foi realizada depois de uma decisão judicial que retirou o governador do Rio Grande do Sul da presidência da sigla. Durante o encontro, o ex-senador José Aníbal, que havia apresentado candidatura durante o final de semana, retirou seu nome por conta do consenso em torno de Perillo.


Uma ala do PSDB gostaria que Leite continuasse na presidência, porém, o governador declinou da possibilidade. Segundo integrantes do partido, a decisão se deu pelos recentes desastres naturais que atingiram o Rio Grande do Sul. A avaliação do governador é de que o melhor é focar na gestão do Estado.


Marconi Perillo, 60 anos, foi governador de Goiás por 4 mandatos e é adversário político do atual governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil). Foi candidato ao Senado nas últimas duas eleições, mas saiu derrotado.


Perillo é aliado e próximo do deputado Aécio Neves (MG), que já comandou o PSDB e foi candidato ao Palácio do Planalto em 2014.


Em 2018, foi preso por suspeitas de receber propinas da Odebrecht. Em 2022, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a operação que resultou em sua prisão pelo entendimento de que o caso deveria ser tratado pela Justiça Eleitoral.


Nos últimos anos o PSDB vem perdendo musculatura na política brasileira. A sigla, que até 2014 era protagonista da oposição ao PT, sequer teve um candidato nas eleições de 2022. Elegeu só 3 governadores: Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul).


Em 2021, o partido perdeu um dos seus nomes mais fortes: Geraldo Alckmin. O atual vice-presidente da República, agora filiado ao PSB, ficou no PSDB por 33 anos e governou o Estado de São Paulo por 4 vezes pela sigla.


No Congresso, a legenda também está um momento delicado. Em 1998, quando o país era comandado por Fernando Henrique Cardoso, o PSDB teve a 2ª maior bancada eleita, com 99 deputados federais. Hoje, possui apenas 14 deputados em exercício.


No Senado, a situação é ainda pior para os tucanos. No início de 2023, sua bancada já estava pequena e era formada só por 4 senadores. Com a saída de Mara Gabrilli (agora no PSD) e de Alessandro Vieira (que foi para o MDB), a sigla passou a contar com apenas 2 representantes na Casa Alta, perdendo o direito de ter um gabinete da Liderança.


Atualmente, o PSDB tem os senadores Izalci Lucas e Plínio Valério. Ambos discutem deixar o partido. Caso eles saiam, a sigla ficará sem representantes no Senado.


De outubro de 2004 até outubro de 2023, o PSDB perdeu 521 prefeituras. O Cidadania (ex-PPS e ex-PCB), com quem formou uma federação na Câmara, também está entre os que mais encolheram (234 prefeitos a menos).


Apesar de ser o 6º partido com o maior número de prefeituras no Brasil, o PSDB perdeu 186 delas desde 2020. Elegeu 531 prefeitos no último pleito municipal, dos quais restaram apenas 345.



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