Provedor do Hospital Português dá ultimato ao padre Airton Freire e exige sua saída
- Jason Lagos
- 10 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

O padre Airton Freire, de Arcoverde, que está denunciado pelo Ministério Público, em processo já aceito pela Justiça, por prática de crimes sexuais, pode deixar o Hospital Português, onde está internado, ainda esta semana e voltar para o presídio.
Ao saber que o sacerdote estava circulando pelos corredores do hospital sem qualquer sinal de debilidade, a direção do hospital exigiu da equipe médica que o assiste uma providência imediata.
O padre, que é cardíaco, foi internado por orientação médica sob alegação de que poderia ter uma parada cardíaca na penitenciária e não receber socorro imediato.
Outros cardiologistas que conhecem o caso entendem que o padre Airton não tem recomendação cirúrgica e, por isso, não há necessidade de se manter internado.
O próprio provedor do hospital Alberto Ferreira da Costa pressionou os médicos após receber informação de muitas pessoas que estavam indo ao hospital e encontrando o sacerdote circulando, sem sinais de debilidade.
Cansado da exposição por ter um paciente que é investigado por, pelo menos, cinco estupros em Pernambuco e outros estados, e alertado por médicos de que o religioso já estava recuperado e apenas ganhando tempo para evitar retornar à prisão, o provedor chamou o médico Marcos Magalhães para sua sala e deu o ultimato: “Vamos encerrar essa brincadeira de médico e paciente, por favor”, disse.
O acontecimento foi testemunhado por duas pessoas. O provedor também questionou o período de internação do padre. “Não vai melhorar, não é? Vai ficar residindo no hospital, Padre Airton?”
Padre Airton foi preso por ordem judicial após ser constatada sua participação nos crimes denunciados por quatro mulheres e um homem.
Antes mesmo de se envolver no escândalo dos crimes sexuais, Padre Airton já havia gerado polêmica devido a “problemas de saúde”.
Em 2003, ele lançou uma campanha para arrecadar dinheiro, alegando que precisava passar por uma cirurgia cardíaca nos Estados Unidos. Com o dinheiro em mãos, viajou para fora do Brasil, mas jamais passou pelo procedimento cirúrgico.
Pouco tempo depois, chegou a afirmar que estava “curado”. O problema é que, até o momento, ninguém viu ou sabe onde foram parar os recursos doados para a tal cirurgia cardíaca.
Créditos: Blog do Ricardo Antunes e Blog Dellas



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