Partidos de esquerda promovem ato esvaziado na véspera do 8 de janeiro
- Jason Lagos
- 8 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

Um público diminuto participou do “Ato em defesa da democracia – sem anistia para golpistas” realizado na manhã deste domingo (7), na véspera do evento que vai lembrar o 8 de Janeiro, em Brasília.
O evento foi uma iniciativa de um conjunto de partidos de esquerda como PT, PC do B, PDT, Psol, CUT-DF (Central Única dos Trabalhadores no DF) e também o Fórum de Oposição Permanente ao governo de Ibaneis Rocha (MDB).
Os discursos e a estética eram de esquerda. Bandeiras de partidos, de movimentos sociais e em defesa da Palestina. Várias pessoas usavam camisetas com o rosto de Lula, MST e a foice e o martelo.
Durante o ato, o filho do ex-presidente João Goulart e presidente do PC do B no DF, João Goulart Filho, criticou o governo do Distrito Federal e a PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal). Goulart afirmou que os órgãos foram “coniventes” com os atos extremistas no 8 de Janeiro em 2023.
Goulart também afirmou que a “esquerda quer a estabilidade e avanços nas lutas democráticas”. “Democracia sem justiça social, não é democracia”, disse.
O ato teve a participação de 200 pessoas entre militantes de esquerda e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estavam na rua de lazer, do eixo rodoviário norte, fechado para o trânsito de veículos aos domingos e feriados.
Várias tendas atraíram o público com vendas de camisetas, bonés, bottons e comida. O evento começou às 10h30 e se estendeu numa tenda até às 12h30, seguido de eventos culturais com músicos da cidade.
Presente ao evento, Michelle Araújo, 46 anos, reconheceu que havia menos gente do que gostaria. A manifestante avaliou que a maioria das pessoas não entende o tamanho do risco de golpe que o Brasil correu e por isso não se engaja.
“Eu gostaria das ruas tomadas por uma multidão endossando seu apoio à democracia”, afirmou. Michelle disse ainda que “um ato de alcance nacional desta magnitude deixaria claro que a sociedade não concorda com intervenção militar”.




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