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Oposição pode solicitar acareação entre ex-secretário do GSI e G. Dias na CPMI

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 4 de set. de 2023
  • 3 min de leitura

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Membros da CPMI do 8 de Janeiro, que integram a oposição, estudam pedir uma acareação entre o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-secretário-executivo do GSI.


A iniciativa acontece depois de Penteado dizer à CPI do 8 de Janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal que o ex-ministro não repassou os avisos sobre o risco iminente de invasões ao Palácio do Planalto.


O senador Espiridião Amin (PP-SC) explicou que, após a oitiva de Penteado, a oposição deve costurar a condução dele à CPMI. Além disso, que as declarações do general apenas confirmam o que o senador já “dizia desde janeiro”.


“O Penteado falou isso com muita consciência e com muito amadurecimento”, disse Amin. “Não tenho motivos para duvidar. Ele confirma que houve uma conspiração de omissão. Se não fosse a omissão, não teria acontecido o 8 de janeiro. O fracasso do que aconteceu em 8 de janeiro não foi por acaso, mas planejado. O fracasso que levou os fatos do 8 de janeiro foi planejado pelos agentes da omissão. Não foi somente o GSI. A central de inteligência e atuação não é só o GSI. O Ministério da Justiça é o grande responsável político desse fracasso.”


Em depoimento à CPI do DF, Penteado disse que o general Gonçalves Dias não repassou os avisos sobre o risco iminente de invasões no Palácio do Planalto.


“Às 8h da manhã, o então diretor da Abin, Saulo de Moura Cunha, avisou o G. Dias sobre a manifestação e o grau de violência que havia”, explicou Penteado. “Às 8h36, o ex-ministro já tinha chegado à conclusão. Das 8h36 até a invasão do Planalto, teríamos tempo de fazer muita coisa. Teríamos tempo de fazer o plano de chamada dos gabinetes e colocar os militares, teríamos tempo de levar as tropas para o Plano Escudo, teríamos tempo de reagir. Não recebemos a informação.”


À CPMI do 8 de Janeiro, G. Dias disse que recebeu informações “desencontradas” por parte de Penteado, de Saulo e da coronel Cíntia, da Polícia Militar do Distrito Federal. Penteado teria tranquilizado o então ministro sobre o risco de invasões, durante uma ligação na tarde de 8 de janeiro.


Já Saulo, desde 5 de janeiro, encaminhou para o telefone pessoal de Gonçalves Dias mais de 20 avisos que alertavam sobre o risco de manifestações violentas e de invasão de patrimônio público.


Na manhã do dia 8, inclusive, G. Dias foi comunicado sobre a chegada de quase cem ônibus a Brasília e respondeu da seguinte forma: “Vamos ter problemas”. À CPMI, o ex-ministro explicou que não considerou como uma “plataforma correta” o meio pelo qual foi notificado do risco de invasões.


“Se eu ou o Carlos Feitosa tivéssemos recebido os alertas, posso afirmar que teríamos acionado os meios necessários para evitar a invasão ao Planalto”, continuou Penteado. À CPI, o ex-secretário-executivo do GSI disse ainda que houve falhas no fluxo de informações recebidas, pois não recebeu nenhum alerta da Abin. “Tínhamos a informação de que a manifestação seria pacífica”, explicou.


O general Penteado é apontado como aliado do general Augusto Heleno, ministro do GSI na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Penteado assumiu a secretaria-executiva do GSI em 2021 — ainda na gestão Bolsonaro — e foi mantido por G. Dias até 8 de janeiro, quando foi exonerado depois dos ataques.


Créditos: Revista Oeste

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