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‘O sistema é f*#@’, diz Merval Pereira sobre cassação de Deltan Dallagnol

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 19 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

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Ex-diretor de redação e atual colunista do jornal O Globo, Merval Pereira, entrou para a lista de profissionais da imprensa críticos à decisão tomada pela Justiça Eleitoral nesta semana. Na terça-feira 16, o Poder Judiciário resolveu cassar o mandato de Deltan Dallagnol como deputado federal pelo Podemos do Paraná.


“O sistema é f*#@”, resumiu Pereira no título de artigo publicado nesta quinta-feira, 18. De acordo com ele, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “usou uma interpretação premonitória” contra Dallagnol, que foi o candidato a deputado federal mais bem votado no Paraná nas eleições de 2022.


Sobre o parecer do TSE, o jornalista ressalta que a condenação contra o agora ex-deputado federal se deu por meio de entendimento do que “poderia” ocorrer. Nesse sentido, lembrou que o relator do caso contra Dallagnol, o ministro Benedito Gonçalves, afirmou que ele “poderia” vir a ser alvo de processos administrativos por parte do Conselho Nacional do Ministério Público e que, consequentemente, “poderia” vir a ser condenado em processo administrativo — que nem existia quando o Deltan deixou o Ministério Público.


“Quer dizer que o TSE já sabia que Dallagnol seria punido pelo CNMP?”, escreveu Pereira. “E como podia ter tanta certeza assim o relator? Então, ficamos assim: o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol foi eleito deputado federal com mais de 300 mil votos e está impossibilitado de exercer seu mandato por uma adivinhação do ministro Benedito Gonçalves sobre o que poderia ter ocorrido, seguida por todos os ministros do TSE”, prosseguiu o colunista.


O jornalista avalia que, cada vez mais, a Justiça brasileira tem aberto espaço para “liberar condenados” e, em contrapartida, “condenar os que condenaram”. No caso, o colunista lembra que antes de entrar para a política partidária, Dallagnol era procurador do Ministério Público, chegando a ser o coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba.


Também nesta quinta-feira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, se posicionou a respeito da cassação do mandato de Deltan Dallagnol. Ele afirmou que a decisão do TSE foi tomada “à margem da ordem jurídica”. O ex-ministro disse que ficou perplexo quando ficou sabendo que o ex-procurador da República não respondia a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), como exige a Lei da Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990).


“Eu fiquei perplexo porque soube vendo o noticiário que sequer PAD havia”, disse à Folha de S.Paulo. “Foi uma interpretação à margem da ordem jurídica”, acrescentou Marco Aurélio. Para o ex-ministro, “enterraram a Lava Jato e agora estão querendo enterrar os que protagonizaram” a operação.


Créditos: Revista Oeste

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