Metrô parado leva o caos ao transporte do Recife por 24 horas

O protesto dos metroviários, que decidiram, na quarta-feira à noite, por uma paralisação de 24 horas no Metrô do Recife, causou transtornos aos usuários do sistema na capital, nesta quinta-feira (13).

Cerca de 180 mil passageiros ficaram sem usar o Metrô do Recife, em adesão total. A manifestação se estendeu até às 22h de ontem.

Entre questões salariais e outros temas trabalhistas, os sindicalistas protestam contra qualquer possibilidade de haver a privatização do Metrorec, nos moldes da que houve no modal de Belo Horizonte, no inicio deste ano.

Eles reclamam, sobretudo, a da postura do governo federal, que não retirou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) da lista de possíveis privatizações. Também pedem garantia de emprego para os profissionais, caso isso ocorra.

Sobre a manifestação, a CBTU disse lamentar a paralisação de 24 horas, mas que respeita a decisão da categoria. As discussões entre as partes, por sinal, serão retomadas nesta sexta-feira (14).

Para piorar a situação, metroviários resolveram parar as atividades na frente da garagem da empresa Metropolitana, impedindo a saída de várias linhas, na manhã desta quinta-feira.

A empresa era uma das que o Grande Recife Consórcio contava para reforçar o serviço de ônibus para minimizar a greve do Metrô do Recife.

Houve confusão no Terminal Integrado do Barro, na Zona Oeste do Recife. Os coletivos não conseguiram sair da garagem por causa da manifestação. Os terminais integrados da Macaxeira, Zona Norte do Recife e no de Jaboatão, também houve protestos.

A linha especial da Metropolitana, que leva os passageiros em linha reta para a estação Joana Bezerra, foi feita de veículos de outras empresas.

Também houve confusão em Jaboatão. À tarde, o movimento já tinha sido normalizado, mas no início da noite, no pico do movimento de retorno para casa, a situação voltou a ficar complicada.

Créditos: Diário de Pernambuco