Google veta impulsionamento eleitoral em 2024
- Jason Lagos
- 24 de abr. de 2024
- 2 min de leitura

O Google vetará o impulsionamento de conteúdo político nas eleições municipais de 2024. A decisão entra em vigor em 1º de maio e significa que nenhum conteúdo de candidatos poderá ser impulsionado no Google Ads, que permite anunciar no buscador ou nas empresas do grupo, como o YouTube. As informações serão divulgadas na manhã desta 4ª feira (24).
As regras para as eleições deste ano foram o motivo da decisão. Não havia capacidade técnica para se adaptar ao que determina o artigo 27-A da resolução 23.732, de 27 de fevereiro de 2024. As exigências são as seguintes em caso de conteúdos impulsionados:
I – manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada;
II – disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório.
O Google (ou qualquer outra big tech) teria de montar esse painel para uma imensa lista de anúncios. Existe tecnologia para isso. Mas é cara.
Haveria também o risco de o sistema falhar e o TSE determinar punição. Na dúvida, o Google optou por derrubar esse vertical de rentabilização durante o processo eleitoral.
A exigência de prestar contas dessa forma já existia. A diferença é que agora o TSE ampliou o escopo do que deve ser monitorado. Aí pode se dar alguma nuance e o Google ser acusado de negligência.
Desde que o TSE publicou a resolução, em 1º de março, houve uma série de reuniões internas no Google para se adaptar ao novo regramento. A conclusão foi que não seria possível e, por isso, a opção foi por não vender impulsionamento.
No mês de fevereiro passado, a Meta anunciou uma nova estratégia para evitar a recomendação de conteúdo político no Instagram e no Threads. A empresa optou por não mais impulsionar publicação desse teor aos usuários, seguindo políticas semelhantes já implementadas no Facebook, onde as postagens foram reduzidas no feed.
À época, a big tech destacou que as alterações afetarão recursos como Instagram Reels e Instagram Explore, além das recomendações no feed, tanto no Instagram quanto no Threads.
As mudanças afetarão como o Instagram recomenda conteúdo, mas não vão alterar como a rede social rede social mostra as publicações das contas que os usuários já seguem, afirmou a empresa.
Se uma conta postar conteúdo político, como notícias sobre eleições, leis ou outros temas sociais, esse conteúdo ainda será exibido para seus seguidores no Feed e nos Stories. A diferença é que não será sugerido ativamente para quem não segue esse perfil na rede social.
Créditos: Poder360




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