Diogo Moraes ou Odacy Amorim: qual dos dois retornará à Assembleia Legislativa?
- Jason Lagos
- 22 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

A eleição que definirá o substituto da ex-conselheira do TCE-PE Teresa Duere, que se aposentou na semana passada, provocará uma obrigatória mudança na Assembleia Legislativa, já que os dois candidatos que disputam a vaga, Rodrigo Novaes (PSB) e Joaquim Lira (PV) estão em pleno exercício de seus mandatos na ALEPE.
Caso se confirme o favoritismo de Rodrigo Novaes, o primeiro suplente do seu partido, Diogo Moraes, será efetivado como deputado em seu lugar. Se o resultado favorecer Joaquim Lira, quem assume é o petista Odacy Amorim, primeiro suplente da federação formada por PT, PC do B e PV.
A disputa se afunilou nos últimos dias, a partir das desistências dos deputados Tony Gel, Débora Almeida, Kaio Maniçoba, Débora Almeida, Francismar Pontes Guilherme Uchoa Junior, sendo os dois últimos do PSB.
Apostando na divisão de votos entre os socialistas, a governador Raquel Lyra costurou a desistência do pepista Kaio Maniçoba em favor de Joaquim Lira. Os patronos da candidatura de Rodrigo Novaes reagiram, conseguindo que os outros dois pretendentes socialistas desistissem da disputa. Com isso, manteve-se o favoritismo de Rodrigo Novaes.
Não é apenas o presidente da Alepe, o deputado Álvaro Porto, do PSDB, que trabalha para eleger o socialista Rodrigo Novaes, na segunda vaga para conselheiro do TCE, nesta terça-feira. O prefeito do Recife, João Campos (PSB), pegou o telefone e se envolveu nas articulações políticas para derrotar o candidato do governo, Joaquim Lira.
Na contabilidade atualizada dos aliados de Rodrigo Novaes, o candidato do PSB deve contar com até 36 votos, dos 49 deputados da Casa de Joaquim Nabuco.
Antes da indicação para uma das vagas do TCE, Rodrigo Novaes acumulava desgastes com os parlamentares pela passagem no cargo de secretário de Turismo, durante a gestão de Paulo Câmara. Eles reclamavam que Novaes não atendia os deputados e não cumpria acordo, além de ter invadido bases de colegas, em busca da reeleição para um novo mandato.
O socialista era visto por alguns como uma pessoa arrogante, o que dificultava encaixar-se no figurino de um conselheiro do TCE, uma casa técnica, mas que também exige articulação política com os prefeitos.
Entretanto, Rodrigo Novaes foi fundamental para a eleição de Álvaro Porto, ajudando logo depois da eleição do ano passado a costurar apoios. A gratidão existe porque o PSB havia eleito a maior bancada e Novaes aproximou o tucano do PSB.
A governadora Raquel Lyra desejava indicar Débora Almeida, líder do PSDB na Assembleia, especialmente pelo fator de gênero, mas a parlamentar desistiu de concorrer por falta de força política. Não estão claros ainda os motivos que levaram Raquel a apoiar Joaquim Lira, de um partido que faz oposição ao seu governo, em detrimento de Kaio Maniçoba, de um partido da base.
Além de definir quem vai ocupar a cadeira que pertenceu a Teresa Duere, com a subida de seu respectivo suplente ao parlamento estadual, a votação desta terça-feira medirá a força, na ALEPE, da governadora Raquel Lyra e do presidente da casa, Álvaro Porto.
OBS: a estimativa de votos de Rodrigo Novaes (36), mencionada no texto acima, tem como fonte o Blog de Jamildo.




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