top of page

Alexandre de Moraes retira sigilo de áudio de Bolsonaro com Ramagem

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 16 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura
ree

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, nesta segunda-feira (15), o sigilo do áudio no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem conversam sobre o uso ilegal da Abin para espionagem.

 

Segundo as investigações, a conversa foi "possivelmente" gravada por Ramagem e ocorreu em agosto de 2020. O áudio foi citado no relatório da investigação chamada de "Abin Paralela", divulgado na semana passada. Além do áudio, o STF disponibilizou a degravação da conversa feita no processo da Polícia Federal.


Acompanhe quais são os cinco principais pontos presentes no material, que foi divulgado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O áudio estava sob sigilo e faz parte da investigação da Polícia Federal a respeito da existência de uma "Abin paralela".


1- Chefe da Receita

Em um dos momentos da conversa, o ex-presidente Jair Bolsonaro sugere falar com o então secretário da Receita, José Tostes, e o então chefe do Serpro (estatal de processamento de dados do governo).


A conversa cita Canuto, que provavelmente é Gustavo Canuto, ex-ministro de Bolsonaro e que foi transferido para a Dataprev, também estatal de processamento de dados.


O ex-presidente Bolsonaro vem negando qualquer irregularidade. "É o caso de conversar com o chefe da Receita" afirmou Bolsonaro.


No decorrer do diálogo, Bolsonaro questiona as advogadas: "A quem interessa pra gente resolver esse assunto?" Juliana Bierrenbach diz acreditar que o melhor caminho é o Serpro. Bolsonaro responde: "Eu falo com o Canuto".


2- Caso das 'rachadinhas'

A reunião contida no áudio foi realizada em agosto de 2020 e gira em torno das investigações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro em um caso que ficou conhecido como "rachadinhas".


As investigações envolvendo um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando o hoje senador era deputado estadual.


Em 2020, o Ministério Público do Rio denunciou à Justiça o senador, o ex-assessor dele Fabrício Queiroz e mais 15 investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita – mas a denúncia foi arquivada em 2022 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.


3- Serviço secreto russo

No áudio de uma reunião realizada no Palácio do Planalto em agosto de 2020, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) diz ao à época chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que "quem passa as informações" para ele é um coronel do Exército e que deveria ter "trocado pelo serviço secreto russo".


"Quem passa as informações pra mim é um coronel do Exército. Devia ter trocado pelo serviço secreto russo", diz o então presidente.


O diálogo foi travado com Heleno antes do que parece ser a entrada das advogadas na sala em que foram recebidas e onde ocorreu a reunião.


4- Pedido de Witzel

No áudio, Bolsonaro afirma que o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel prometeu "resolver" a investigação sobre "rachadinha" do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-governador nega.


"O ano passado, no meio do ano, encontrei com o Witzel (...) Ele falou: 'eu resolvo o caso do Flávio. Me dá uma vaga no Supremo'", disse Bolsonaro durante a conversa realizada em agosto de 2020 na qual estavam presentes também o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.


Uma das advogadas de Flávio Bolsonaro, Juliana Bierrenbach, perguntou quem havia dito isso, ao que o ex-presidente respondeu: "O Witzel, né".


5- Desconfiança de ser gravado

Bolsonaro fala sobre a desconfiança de estar "sendo gravado" durante a reunião no Palácio do Planalto. O então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também comentou a preocupação com um eventual "vazamento".


"E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa. Que não estamos procurando favorecimento de ninguém" disse Bolsonaro durante a reunião, segundo transcrição da PF. "Tentar alertar ele que, ele tem que manter esse troço fechadíssimo. Pegar de gente de confiança dele. Se vazar (inaudível)", diz Heleno.


Nesta segunda-feira (15), o senador Flávio Bolsonaro divulgou um vídeo, no qual afirmou, a respeito da divulgação das gravações, que "mais uma vez a montanha pariu um rato". Confira.




Créditos Parciais: O Globo

Comentários


81 9.9937-2020

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2023 por Blog do Jason Lagos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page