Taboquinhas lançarão apenas 2 chapas proporcionais; filiação de Fábio ao Republicanos sobe no telhado

O prefeito Fábio Aragão promoveu uma reunião, na noite da última quinta-feira (7), com os pré-candidatos a vereador do grupo Taboquinha, incluindo os seus atuais parlamentares, à excessão de Carlinhos da Cohab, que não compareceu.

A menos de 30 dias do limite para filiações partidárias, os candidatos ainda não sabem por qual legenda irão concorrer. O próprio Fábio Aragão ainda não tem uma decisão tomada nesse sentido. A sua filiação ao Republicanos, que estava sendo encaminhada, 'subiu no telhado'.

Existe o temor, na cúpula Taboquinha, de que a proibição do PP coligar com qualquer partido ao qual Fábio venha se filiar, decretada pelo deputado federal Eduardo da Fonte, alcance o Republicanos, trazendo embaraços para a legenda e para o próprio Fábio.

Além dos riscos de retaliações por parte de Dudu da Fonte, no caso de uma filiação ao Republicanos, o partido de Sílvio Costa Filho está cada vez mais ficando raízes na oposição à governadora Raquel Lyra, o que pode provocar ruídos na relação do prefeito com o governo estadual.

O que o prefeito já decidiu é que disputará a reeleição por uma legenda de centro, o que desagrada a muitas lideranças taboquinhas, que preferiam um partido mais à esquerda, alinhado com o PT. Fábio quer evitar a todo custo que aconteça uma nacionalização da campanha, o que traria riscos ao seu projeto de reeleição, na cidade mais bolsonarista do Nordeste.

Os candidatos a vereador de orientação ideológica de Direita disputarão pela mesma legenda que o prefeito se filiar, enquanto que os de Esquerda disputarão muito provavelmente pelo PSB, partido dos deputados Diogo Moraes e Felipe Carreras.

Por falta de mulheres que se proponham a ser candidatas ao Legislativo, os taboquinhas disputarão o pleito com apenas duas chapas, uma delas por uma legenda de esquerda e a outra pela legenda de centro que Fábio Aragão estiver filiado. O prefeito pretende anunciar a sua nova legenda ainda esta semana, até o dia 15.

A estratégia de apenas duas chapas tem a vantagem de permitir um melhor aproveitamento das sobras eleitorais na contagem dos votos. Por outro lado, menos chapas significam menos cabos eleitorais pedindo votos par a chapa majoritária.

O rival grupo Boca-Preta deverá disputar o pleito com o dobro de chapas na eleição proporcional, em relação ao grupo Taboquinha, ou seja, quatro chapas. O grupo Verde, caso venha mesmo a concorrer, ao invés de participar de uma aliança, dificilmente terá condições de montar mais de uma chapa proporcional.

Quanto a Robson Ferreira, o mesmo ficou numa situação extremamente difícil, a partir do momento em que o grupo Verde decidiu não apoiar suas pretensões majoritárias. Sem os verdes, é pouco provável que Robson consiga sequer montar uma chapa proporcional completa, ou que encontre um nome competitivo para ser seu vice.