Serão necessários104 mil e 207 mil votos para eleger um deputado estadual e um federal em Pernambuco
- Jason Lagos
- 30 de jul.
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Após o veto do presidente Lula ao projeto legislativo que garantia a Pernambuco 25 vagas de deputado federal e 49 de estadual – agora serão 24 federais e 48 estaduais – os partidos políticos que disputarão vagas na Alepe e na Câmara Federal precisarão de 104 mil votos para garantir a eleição de um estadual e 207 mil para eleger um federal. Os cálculos são do economista e cientista político pernambucano Maurício Romão, especialista em estatística e análise de pesquisas.
A redução das vagas atingiu 14 estados que tinham deputados a mais ou a menos, de acordo com sua população. A Justiça Eleitoral determinou a correção pois algumas unidades da federação estavam sub representadas no Poder Legislativo, mas os congressistas resolveram aumentar as vagas na Câmara de 513 para 531 de forma a não mexer com os estados que vão perder cadeiras.
O Congresso tem direito de derrubar o veto de Lula, mas é cada vez mais difícil isso ocorrer. Além do mais, como na primeira votação o aumento de vagas passou no Senado por apenas um voto, quase ninguém mais acredita que, em se tratando de derrubada de veto presidencial, este número seja mantido, já que a pauta é impopular.
Em Pernambuco, a situação vai se complicar especialmente para partidos que vivem o dilema de precisar eleger dois federais da mesma família, com a necessidade de juntar 414 mil votos. No passado isso aconteceu quando José Mendonça e Mendonça Filho venceram a mesma eleição e foram juntos para a Câmara, e na eleição de 2022 a situação se repetiu com Eduardo da Fonte e Lula da Fonte, do PP.
Em 2026, dependendo de como vai se comportar a luta pelo Senado, pode ser necessário que os irmãos Anderson e André Ferreira, do PL, se candidatem a federal. Também se fala, embora desmentidos já tenham acontecido, que os irmãos Miguel Coelho e Fernando Filho poderiam fazer o mesmo, caso Miguel não seja candidato ao Senado, já que depende de uma Federação que tem outro pretendente ao mesmo cargo, o deputado Eduardo da Fonte.
A diminuição de uma vaga na Alepe será uma dificuldadade adicional aos prováveis candidatos de Santa Cruz do Capibaribe, Diogo Moraes, Edson Vieira e Fábio Aragão. Em 2022, nenhum dos candidatos locais garantiu o mandato nas urnas. Posteriormente, Diogo Moraes e Edson Vieira assumiram em definitivo por conta da saída dos titulares dos mandatos, por conta da eleição para o TSE, no caso de Diogo Moraes, e também pela eleição municipal do ano passado, no caso de Edson Vieira.
Créditos: Blog Dellas




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