Senador Rogério Marinho chora ao falar dos presos do 8 de janeiro; assista

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), não conteve a emoção ao comentar a situação dos presos em decorrência das manifestações do 8 de janeiro. Ao participar de audiência da Comissão de Segurança Pública, ele foi às lágrimas. A TV Senado, que transmitiu ao vivo a reunião do colegiado, registrou o choro do senador.

Marinho afirmou o que o Brasil enfrenta um “momento muito desafiador”. Para ele, é preciso ter preciso ter resiliência para enfrentar o processo de desumanizar quem pensa diferente. “A palavra de ordem é ‘relativização'”, disse o parlamentar. “Estamos relativizando a democracia, a inviolabilidade dos mandatos, a Constituição, os direitos humanos, o ordenamento jurídico, os valores”, prosseguiu ele.

Tentando conter a emoção, Marinho dirigiu as palavras à presidente da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de janeiro, Gabriela Fernanda Ritter, que marcou presença na audiência da comissão. Ele disse imaginar o sofrimento dela. “Foram rebanhados como gado e que não tiveram os seus direitos respeitados”, disse o líder da oposição no Senado, sobre a situação dos presos por causa das manifestações do início do ano.

O senador também falou sobre como entende o trabalho do Ministério Público e do Judiciário no atual cenário brasileiro. De acordo com ele, quem marca posição contrária ao atual governo federal acaba sendo tratado de forma diferente. “Há dois ordenamentos jurídicos no país”, lamentou o congressista.

Além de se emocionar por causa dos presos do 8 de janeiro, Rogério Marinho criticou a fala do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, na noite de quarta-feira 12. Ao participar de congresso da União Nacional dos Estudantes, o magistrado se colocou como personagem ativo do processo contra os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Derrotamos o bolsonarismo”, disse Barroso.

O choro do senador aconteceu no início de sua fala, logo depois de sua participação ser anunciada pelo senador Eduardo Girão, que comandou a reunião. Veja como foi.