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Raquel Lyra impõe revés, e João Campos reage em PE para evitar dependência do PT

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 28 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

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Adversários, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), têm feito uma disputa por aliados nas últimas semanas. A tucana conseguiu atrair o PSD para a sua base aliada e o tirou do entorno do PSB, mas o prefeito da capital prepara resposta ao se juntar a ex-aliados dela.


Raquel Lyra foi eleita em 2022 no segundo turno, pondo fim no estado a um ciclo de 16 anos de poder do PSB, seu ex-partido. O PSD agora ocupa a Secretaria da Cultura de Pernambuco com Cacau de Paula, que um dia antes de tomar posse no estado era secretária do Turismo na Prefeitura do Recife.


Ela é filha de André de Paula, atual ministro da Pesca do governo Lula, ex-deputado federal e derrotado para o Senado nas eleições de 2022. Ele comanda o partido no Estado e, no ano passado, havia apoiado Marília Arraes (Solidariedade) na disputa estadual.


Apesar de ter a maior bancada do Senado e uma das maiores da Câmara, o PSD não conseguiu eleger deputados federais ou estaduais em Pernambuco no último pleito. Assim, o partido precisa se fortalecer para as próximas eleições.


Essa necessidade de ampliação foi determinante, segundo integrantes do PSD, para que a legenda fosse para o governo estadual.


A articulação da governadora teve aval do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O comando nacional da legenda tem expectativa de uma eventual filiação posterior de Raquel ou da vice-governadora Priscila Krause (hoje no Cidadania), para 2026.


Com o PSD na sua base, a governadora pode ter menos entraves em relação ao governo Lula. O atual partido da governadora, o PSDB, faz oposição ao petista, enquanto a gestora estadual tem seguido no discurso de neutralidade, iniciado na campanha, mas paralelamente buscado pontes com o governo federal, mesmo com o bolsonarista PL sendo seu aliado.


Em reação, João Campos, busca ampliar o número de aliados seus dentro da União Brasil. O objetivo é assegurar o apoio na União, que poderia atenuar danos em caso de uma baixa com o PT para a coligação em 2024. Atualmente, os petistas são apoiadores do prefeito.


João Campos selou aliança com o grupo político do ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), filho do ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Jair Bolsonaro.


Miguel Coelho foi candidato a governador em 2022, obteve 18% dos votos e ficou em quinto lugar. No segundo turno, apoiou a tucana contra Marília Arraes. Após o segundo turno, Raquel teve conversas com Miguel Coelho, mas ambos não convergiram para uma aproximação efetiva.


Aliados de Miguel dizem, reservadamente, que a governadora ofereceu uma secretaria de pequena expressão e que isso seria proposital, para forçar uma negativa de Miguel. A interlocutores ela não demonstrou ter plena confiança em um acordo.


Mas o estopim para o grupo dos Coelho voltar a se aliar ao PSB após sete anos foi a articulação de Raquel com o PSD. Isso porque Miguel estava preparado para ingressar no partido, mas o avanço da governadora sobre a legenda interrompeu as tratativas.


Agora, Miguel vai indicar um nome para ocupar a Secretaria de Turismo do Recife. Uma minirreforma no secretariado do prefeito não está descartada, assim como uma possível ida de Miguel Coelho para uma secretaria turbinada.


O PT está na base aliada de João Campos, mas pretende solicitar a vaga de vice na chapa no próximo ano. Isso porque, caso o prefeito saia para disputar o governo contra Raquel em 2026, um petista assumiria a prefeitura da capital pernambucana.


Na visão petista, nesse cenário, João Campos também poderia não sair do cargo, mas seria levado a apoiar um candidato do PT a governador daqui a três anos.


Dentro do PT, as chances de uma candidatura no Recife para enfrentar João Campos são tidas como escassas. A legenda de Lula não quer correr risco de uma derrota e de desgaste com o PSB, um aliado nacional, o que poderia gerar sequelas no Congresso e em outras alianças no país.


O entorno de João Campos acredita que apenas em 2024 terá um sinal mais nítido sobre obter o apoio do PT. Os petistas ocupam duas secretarias municipais.


Créditos: FOLHAPRESS

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