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Prisão domiciliar de Bolsonaro era prevista em plano do governo americano; novas sanções são esperadas

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 5 de ago.
  • 3 min de leitura
Departamento de Estado tem um leque de ações para responder a cada medida adotada pelo STF
Departamento de Estado tem um leque de ações para responder a cada medida adotada pelo STF

A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro já era algo esperado pelo governo americano. O Departamento de Estado tem um plano pronto há pelo menos duas semanas, com respostas predefinidas para cada ação da Justiça ou do governo brasileiro.


O plano inclui ampliar as sanções da Lei Magnitsky, já adotadas contra o ministro Alexandre de Moraes, para os demais juízes do STF (Supremo Tribunal Federal) que têm votado a favor das medidas contra Bolsonaro e as redes sociais.


Essas sanções congelam os eventuais bens deles nos Estados Unidos e podem se estender também a organizações vinculadas a eles, como bancos nos quais tenham contas, por exemplo.


O leque de sanções políticas inclui também retirar os vistos de entrada aos Estados Unidos de autoridades do primeiro escalão do Palácio do Planalto, poupando o presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.


Diante de eventuais reações do STF ou do governo, o próximo passo pode ser a retirada das credenciais da embaixadora do Brasil em Washington e a suspensão dos vistos concedidos a cidadãos brasileiros em geral.


A visão em Washington é a de que o Supremo Tribunal Federal, em coordenação com o governo Lula, está determinado a não permitir que Bolsonaro influencie nas eleições do ano que vem.


O presidente dos EUA, Donald Trump, vê um paralelo com os problemas que ele enfrentou com a Justiça no ano passado, e pretende enfatizar essa identificação.


Após a decisão de Moraes, o Departamento de Estado dos EUA condenou a ordem de prisão domiciliar. Em uma publicação nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental chamou a ação de "ameaça a democracia.


"Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da conduta", finaliza o comunicado.


Após a publicação do documento, o deputado federal Eduardo Bolsonaro fez a seguinte publicação no X: "Sem crimes, sem evidências, Moraes se vinga pelo Presidente Bolsonaro ter apoiado protestos contra Moraes, algo permitido em qualquer democracia do mundo - mas não no Brasil de Lula e Moraes. Melhor que os aliados de Moraes vejam esta mensagem".


A prisão de Bolsonaro foi destaque em veículos internacionais dos Estados Unidos, como New York Times, da Europa, como BBC (Reino Unido), da América do Sul, como La Nación (Argentina), e do Oriente Médio (Al Jazeera).


O jornal New York Times disse que as novas medidas “ameaçam intensificar a maior crise diplomática em décadas entre os Estados Unidos e o Brasil”.


A defesa do ex-presidente contestou nesta segunda-feira, 4, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impôs prisão domiciliar ao político. Segundo os advogados, não houve descumprimento das determinações judiciais emitidas anteriormente.


Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro em razão de um recado aos participantes da manifestação do último domingo, 3. O ex-presidente se dirigiu aos manifestantes por meio de uma ligação feita por seu filho Flávio Bolsonaro, que estava no protesto em Copacabana. O vídeo foi postado nas redes sociais.


Para Moraes, Bolsonaro violou medida cautelar anterior quando o vídeo foi postado nas redes sociais de terceiros. Ou seja, por ato que o ex-presidente não fez. Ele não estava impedido de dar entrevistas ou de se manifestar em público.



Créditos: CNN Brasil, Poder360 e Revista Oeste

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