PP aprova federação com União Brasil; decisão poderá impactar candidatura de Miguel Coelho ao Senado

A bancada do PP decidiu nesta terça-feira prosseguir com a federação com o União Brasil para formação do que virá a ser a maior força da Câmara com 106 deputados.

Para que isso se concretize, falta agora o União Brasil, presidido por Antonio Rueda, deliberar internamente se quer seguir o mesmo caminho, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Segundo o presidente do Progressista, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, os líderes das duas legendas baterão o martelo até o final dessa semana.

A ideia dos presidentes é a de dividir os comandos estaduais da federação entre os partidos, seguindo critérios de tamanho de bancada no Congresso e proporcionalidade.

Já a presidência da federação será exercida de forma intercalada e não há objeção para que esse esquema se inicie pelo PP, através do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, de Alagoas.

A federação partidária consiste na união de dois ou mais partidos para atuarem como se fossem um só por pelo menos quatro anos.

Nesta modalidade de aliança, as siglas funcionam como um único partido no Congresso, dividindo Fundo Partidário, tempo de televisão e unificando o conteúdo programático.

Atualmente, as maiores bancadas do Congresso são a do PL, com 99 deputados, e a federação do PT, com 80. Na sequência, União Brasil tem 59 cadeiras e o PP 47.

Em Pernambuco, a federação PP/União Brasil pode impactar diretamente candidaturas majoritárias nas próximas eleições. De acordo com as regras estabelecidas, o partido com o maior número de deputados federais eleitos em cada Estado assumirá o comando da federação local.

No caso pernambucano, o PP elegeu quatro deputados federais, enquanto o União Brasil elegeu três, o que possibilita ao PP a liderança da federação no Estado.

Essa configuração beneficia a posição de Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, que tem demonstrado interesse em disputar uma vaga ao Senado em 2026. Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina e membro do União Brasil, já confirmou sua pré-candidatura ao Senado para o mesmo pleito.

Caso os dois mantenham a mesma postulação, no limite, Miguel Coelho, que hoje comanda o UB em Pernambuco, poderá até mesmo mudar de partido.

Créditos parciais: O Globo e Poder 360