Podemos atravessa PSD e MDB e se aproxima de fusão com PSDB; Raquel Lyra pode deixar a legenda
- Jason Lagos
- 18 de fev.
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O Podemos pode atravessar as negociações do MDB e do PSD e fechar uma fusão com o PSDB nas próximas semanas. A informação foi confirmada pela com tucanos da alta cúpula da legenda.
A tese é de que a fusão poderá fortalecer o novo partido e evitar o “fim” do PSDB. Com isso, a legenda ganha corpo e se mantém dentro da cláusula de barreira eleitoral.
A ideia é defendida pelas principais lideranças do partido, como o deputado federal Aécio Neves (MG), o presidente da legenda, Marconi Perillo, e o ex-senador Tasso Jereissati (CE). Os moldes da fusão ainda são negociados.
O PSDB tem conversas em andamento com o MDB e o PSD para a incorporação da legenda aos partidos. A medida enfrenta forte resistência dos tucanos, que veem um “esquecimento” da legenda caso optem pela incorporação.
Porém, em caso de fusão com o Podemos, a cúpula tucana quer manter em aberto as conversas com os presidentes Gilberto Kassab (PSD) e Baleia Rossi (MDB) para uma federação ao longo do ano ou uma nova fusão a partir de 2026.
Um sinal da negociação em curso entre PSDB e Podemos foi dado com a troca partidária dos senadores Styvenson Valentim (RN) e Oriovisto Guimarães (PR) do Podemos para o PSDB.
Segundo articuladores do Podemos, as desfiliações se deram de forma pacífica, como um aceno aos tucanos, em prol do desejo de uma união. Publicamente, os dois parlamentares têm afirmado manter uma boa relação com o Podemos, onde ambos permaneceram por seis anos.
os bastidores, Oriovisto teria participado das negociações recentes pela fusão. A justificativa para a união é o tamanho similar dos partidos, bem como os planos que não colidem entre si.
A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), tem bom relacionamento com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e daria apoio a uma eventual disputa pela Presidência da República.
As tratativas com MDB e PSD enfrentam entraves com dois tucanos importantes — o presidente nacional, Marconi Perillo, e o deputado federal Aécio Neves (MG), que travam uma queda de braço.
A aproximação com o partido de Gilberto Kassab, que hoje integra a base do governo federal, desagrada a Aécio. A avaliação é de que esta união poderia dificultar seus planos de concorrer ao Senado no próximo ano. Em Minas Gerais, seu Estado de origem, o PSD tem em seu quadro o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Por sua vez, a governadora Raquel Lyra, que já teve o nome especulado no PSD, de Gilberto Kassab, e até mesmo no PT, admitiu a possibilidade de deixar o PSDB num futuro próximo. A declaração foi feita ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, exibido na noite de domingo (16).
“O PSDB não foi oposição ao governo Bolsonaro e se colocou, há cerca de um ano, como farol da oposição ao governo do presidente Lula sem ter um projeto que pudesse apontar o que queremos adiante. Defendi sempre uma postura de independência do PSDB para que a gente pudesse ajudar nas construções de pontes que o Brasil precisa e não em erguer mais muros”, declarou Lyra.
Créditos: Isto É, Blog do Magno e CNN Brasil




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