PF avalia incluir Silas Malafaia no inquérito de suposta tentativa de golpe; pastor responde em vídeo
- Jason Lagos
- 27 de fev. de 2024
- 2 min de leitura

Após discurso na Avenida Paulista, neste domingo (25), o pastor Silas Malafaia pode ser incluído no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado.
Policiais federais ouvidos pela colunista Malu Gaspar, de O Globo, dizem que ao financiar o ato e discursar para mais de 750 mil pessoas, Malafaia “disseminou mentiras à parte da população, com o objetivo de instigá-la contra a investigação de uma organização criminosa que atuou para dar um golpe”.
Os agentes também disseram que o pastor estimulou a população contra o Poder Judiciário “por meio de falsas premissas”. Em seu discurso, Malafaia falou sobre o ministro Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pastor Silas Malafaia discursou na Avenida Paulista e disse que existe uma “engenharia do mal para prender Bolsonaro” e “acabar com o Estado Democrático de Direito”.
O líder evangélico listou vários atos da esquerda, principalmente organizados pelo MST e pelo Partido dos Trabalhadores, contra o STF. Inclusive, com pichações e incêndios de prédios públicos em Brasília (DF) em vários anos, como 2006, 2014, 2016 e 2017.
Malafaia comparou a falta de rigidez jurídica com essas manifestações, com o que aconteceu com o 8 de janeiro de 2023, onde mais de 1,5 mil pessoas foram presas.
O pastor também lamentou as penas aplicadas aos manifestantes e disse que o ministro Alexandre de Moraes tem sangue em suas mãos pela morte de Cleriston Cunha, mais conhecido como Clezão, que faleceu em 20 de novembro preso na Papuda.
Diante dessas informações, Malafaia questionou o momento jurídico do país, dizendo que até mesmo parlamentares estão com medo de falar e serem penalizados pelo STF, assim como a população, que teme voltar a se manifestar.
Nesta segunda-feira (27), o pastor publicou um vídeo em suas redes sociais, no qual falou sobre a possibilidade de ser perseguido por órgãos do Estado, como a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público por conta de sua participação na Paulista. Assista.




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