Pesquisa mostra que 84% dos brasileiros são pró-Israel

Pesquisa da RealTime Big Data encomendada pelo Estadão mostra que, para 89% dos brasileiros, o país deve condenar o Hamas como um grupo terrorista.

O levantamento aponta ainda que apenas 29% acham que o Brasil tem condições de mediar a guerra Israel-Hamas.

Mais: a pesquisa mostra também que a grande maioria dos brasileiros é pró-Israel. 84% dos entrevistados disseram que o Brasil deveria estar ao lado dos israelenses na disputa.

Os resultados da pesquisa são consistentes com a repercussão digital do conflito no Brasil. Em levantamento feito pela Quaest sobre a repercussão digital no Brasil do ataque terrorista do Hamas, foram detectadas 10 milhões de menções ao conflito.

De todas as postagens, 78% foram categorizadas como pró-Israel — cerca de três em cada quatro. Apenas 14% foram contrárias ao país.

O resultado da pesquisa é um desafio para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem demonstrado um viés pró-Hamas no conflito.

Lula já declarou que o Brasil condena o terrorismo, mas que também entende as razões do Hamas.

A postura do governo brasileiro, no presente conflito, tem sido comparada com a do governo Dilma Rousseff no ano de 2014, que, em meio a uma reação militar de Israel a ataques do grupo terrorista Hamas, publicou uma nota.

O texto afirmava que o Brasil "condena energicamente o uso desproporcional da força" por Israel, na Faixa de Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio do porta-voz à época, Yigal Palmor, afirmou: “Essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.

Yagal Palmor ainda acrescentou: “O Brasil é um parceiro diplomático irrelevante, que cria mais problemas, em vez de contribuir com soluções”.

Durante participação virtual em evento na sexta-feira passada, o presidente Lula usou informações fornecidas pelo próprio grupo Hamas para atacar Israel.

O petista chamou de “insana” a reação de Israel aos ataques do grupo terrorista, reação essa que teria deixado “1.500 crianças mortas na Faixa de Gaza”

A ação do governo Lula no atual conflito está sendo considerada, em parte da imprensa, como “a volta do anão diplomático”.