Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro segue em rota de colisão em Pernambuco
- Jason Lagos
- 12 de mar.
- 2 min de leitura

As divergências internas no PL de Pernambuco só aumentam e deixam cada vez mais evidente a falta de alinhamento dentro do partido. A briga pública entre o presidente estadual da legenda, Anderson Ferreira, e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, já mostrava o racha na sigla. Agora, um novo episódio reforça a confusão entre os liberais.
Na segunda-feira (10), Anderson Ferreira esteve presente no evento de filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD e fez questão de ressaltar o apoio à tucana, afirmando que estaria sempre ao seu lado. A declaração, por si só, já causou barulho dentro do PL, mas o que veio depois mostrou ainda mais a desorganização interna.
No mesmo dia, o deputado federal coronel Luiz Meira, que também é figura influente no partido, divulgou um vídeo repleto de críticas a Raquel Lyra, indo na contramão do posicionamento de Anderson. A atitude escancarou o descompasso dentro do PL em Pernambuco, no qual os principais nomes parecem estar cada vez mais distantes de falar a mesma língua.
Com lideranças em constante atrito e discursos contraditórios, o partido segue sem uma linha clara no Estado, o que pode custar caro para os liberais nas próximas eleições. Se a crise interna persistir, o PL corre o risco de perder força e influência no cenário político pernambucano.
Recentemente o presidente de honra da legenda, o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Gilson Machado comandaria as articulações visando as eleições 2026 em Pernambuco. Dois dias depois, Anderson Ferreira divulgou um vídeo - gravado pelo menos 5 dias antes - no qual o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, deu as mesmas prerrogativas ao ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes.
Nesta quarta (12), Bolsonaro e Valdemar se reuniram com portas fechadas na sede do PL e depois almoçaram em uma churrascaria em Brasília. O encontro entre os dois só foi possível depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que revogou restrições impostas pelo STF no âmbito da operação Tempus Veritatis, que investiga um suposto golpe de Estado.
O ex-presidente planeja indicar nomes pessoais para o Senado, visando ter maioria para facilitar a aprovação de pautas prioritárias do partido, como o impeachment de ministros do STF. Entre os cotados estão Michelle, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Caroline de Toni (PL-SC), mas os nomes não devem ser anunciados imediatamente para evitar ataques aos mesmos, inclusive vindos do poder Judiciário.
Créditos Parciais: Blog do Mário Flávio




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