Paraná Pesquisas mostra João Campos favorito para conquistar a reeleição em primeiro turno
- Jason Lagos
- 5 de mar. de 2024
- 3 min de leitura

O atual prefeito de Recife (PE), João Campos (PSB), lidera as intenções de voto e caminha firme para a reeleição, segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta segunda-feira (4).
Em todos os cenários de pesquisa estimulada, onde o entrevistado escolhe o seu candidato a partir de uma lista de nomes, o atual prefeito tem mais de 60% das intenções de voto, o que garantiria a reeleição em primeiro turno. No primeiro cenário o resultado foi o seguinte:
- João Campos (PSB) – 64,6%
- Nenhum/Branco/Nulo – 8,6%
- João Paulo (PT) – 7,5%
- Não sabe/ Não respondeu – 6%
- Daniel Coelho (Cidadania) – 5,5%
- Gilson Machado (PL) – 5,4%
- Dani Portela (Psol) – 1,5%
- Túlio Gadelha (Rede) – 1%
Na sondagem espontânea, quando o eleitor declara em quem pretende votar sem ver nenhuma lista de candidatos, João Campos marcou 30,8%. A maioria dos respondentes (55,7%) disseram não saber em quem votar ou não responderam.
O Instituto Paraná Pesquisas também aferiu o impacto que os apoios de nomes como o presidente Lula (PT), o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), têm na decisão de votar em um candidato.
A maior rejeição se dá ao eventual apoio de Bolsonaro. 59,9% dos entrevistados afirmaram que jamais votariam em quem ele apoiasse.
O dado se aplicaria a Gilson Machado que é do PL, mesma sigla do ex-presidente. Logo em seguida, a rejeição ao apoio de Raquel Lyra é de 55,2%.
Por fim, 38,8% dos respondentes demonstraram rejeição ao apoio de Lula, o que pode comprometer João Paulo, também petista.
A prefeitura de João Campos foi avaliada, segundo o Instituto Paraná Pesquisas, com uma aprovação de 81% dos entrevistados.
Enquanto isso, no escopo estadual, a governadora Raquel Lyra sofre com uma desaprovação de 58.4%.
No nacional, o terceiro mandato do presidente Lula segue sendo aprovado pelos eleitores recifenses, com 58.4%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº PE-06311/2024 para o cargo de prefeito. O Paraná Pesquisas ouviu 802 eleitores entre os dias 24 e 29 de fevereiro.
A pesquisa tem grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O amplo favoritismo de João Campos torna a posição de vice em sua chapa objeto de cobiça do PT, onde a leitura é que há resistência de Campos e do PSB em entregar a vice de João Campos ao partido. Caso haja negativa, os petistas prometem apelar à única pessoa que acreditam que jamais ouvirá de Campos um não: o presidente Lula.
Se mesmo assim não for possível, o PT admite que não há espaço para enfrentar o PSB e promete responder em 2026, caso o pessebista precise de apoio na disputa estadual.
Em janeiro passado, Lula falou pela primeira vez sobre o assunto. "Acho que o João Campos tem clareza que é importante uma aliança com o PT. O que eu espero é que ele faça uma boa construção de chapa. Ele tem que se acertar em Pernambuco porque eu não tenho um nome para indicar", disse.
Os petistas de Pernambuco querem deixar o prefeito numa encruzilhada: se sair para ser candidato em 2026, o PT assume o Recife; caso não seja, querem acordo para Campos apoiar um nome do PT para enfrentar Raquel.
No Carnaval, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, esteve em eventos no Recife junto a Campos e outros aliados, incluindo os cotados para a vice Carlos Veras e Mozart Sales.
No entorno da tucana, há a crença de que Campos deverá ser candidato a governador em 2026. Por isso, o governo tenta levar a eleição do Recife para o segundo turno para disseminar o discurso de derrota, já que aliados do prefeito apostam na vitória em primeiro turno para, dependendo do percentual, mostrar força perante a governadora.




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