Milei faz último comercial e usa mote de Lula para rebater concorrente

O candidato à Presidência da Argentina Javier Milei (da coligação La Libertad Avanza e que se autodeclara como libertário) lançou seu último comercial nesta 5ª feira (16).

A propaganda rebateu o vídeo de seu adversário, Sergio Massa (da coligação Unión por la Patria e ministro da Economia do governo do peronista Alberto Fernández), que fez campanhas para criticar e estimular o medo contra Milei. O 2º turno da eleição presidencial será realizado no domingo (19).

O vídeo de Milei foi publicado em seu canal no YouTube com o título “La esperanza vence al miedo” (“A esperança vence o medo”, em português). O mote foi usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu discurso de posse em 1º de janeiro de 2003 e repetido em discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2023.

O tom adotado por Milei em sua última investida publicitária é mais ameno do que o usado durante toda a campanha. No vídeo, o candidato aparece de frente para a câmera, com bandeiras da Argentina ao fundo da sala que ocupa.

Ele critica a “classe política” por ter “difundido uma enorme quantidade de mentiras” sobre a oposição para, segundo ele, “causar medo e paralisar” os eleitores.

Milei diz que quer “abraçar as ideias que fizeram da Argentina um grande país” e rebate as críticas feitas por Massa: “Não vamos privatizar a saúde, não vamos privatizar a educação, não vamos privatizar o futebol, não vamos permitir a importação irrestrita de armas”.

Ele finaliza pedindo aos eleitores que não se assustem e escolham a “mudança” para que “a esperança vença o medo”.

Na última semana, o marqueteiro Pablo Nobel, cidadão argentino radicado no Brasil, viajou até Buenos Aires para colaborar com a última fase da campanha de Javier Milei.

O publicitário já atuou nas campanhas de Aécio Neves (PSDB), em 2014, e de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o Governo de São Paulo, em 2022.

Na Argentina, Nobel trabalhou com os peronistas Alberto Fernandez, em 2019, e Daniel Scioli, em 2015.