Maior trunfo eleitoral do grupo Azul para 2024, Alessandra Vieira não demonstra interesse na disputa

Única mulher da região Agreste do Estado a se eleger deputada na eleição de 2018, Alessandra Vieira realizou um bom mandato na ALEPE, tendo ocupado o cargo de 4ª secretária da Mesa Diretora. Ela foi eleita pelo PSDB, com 45.115 votos, chegando a ser presidente estadual da legenda.

Em fevereiro do ano passado, acompanhando o marido, o ex-prefeito Edson Vieira, rompeu com os tucanos, passando a apoiar a candidatura de Miguel Coelho ao governo. No dia 30/06/2022 foi anunciada como vice do ex-prefeito de Petrolina.

O casal Vieira sofreu uma derrota dupla: Alessandra como candidata a vice e Edson como candidato a deputado estadual. Os 32.986 votos obtidos pelo ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe o deixaram como primeiro suplente do União Brasil.

Caso tivesse disputado a eleição pelo PSDB da governadora Raquel Lyra, Edson teria conquistado a vaga na ALEPE, pois o último nome eleito pela legenda, Izaias Régis, obteve apenas 27.104 votos.

A dupla derrota, mas especialmente a derrota do marido, impactou bastante Alessandra Vieira, que, não obstante a boa imagem e baixa rejeição, não tem demonstrado interesse em disputar um mandato eletivo em 2024.

A ex-deputada não se nega a cumprir uma missão eleitoral em nome do grupo Boca-Preta, até mesmo compondo eventualmente como vice, mas não por iniciativa pessoal.

Com Dida de Nan com um pé fora do grupo, Edson Vieira dependendo de uma vitória do deputado estadual Cléber Chaparral (União Brasil) na disputa pela Prefeitura de Surubim em 2024 para assumir uma cadeira na ALEPE, e Joselito Pedro ainda buscando se firmar como liderança política, a relutância de Alessandra em participar da eleição do ano que vem deixa os azuis numa posição de grande fragilidade.

Por falta de opção interna, o grupo oposicionista, inclusive a própria Alessandra Vieira, torce por uma difícil composição com os verdes, desde que Allan Carneiro seja candidato a prefeito.