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Lindbergh cobra expulsão do embaixador de Israel após encontro com Bolsonaro

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 10 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

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Vice-líder do governo Lula no Congresso, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou, nesta quinta-feira, que o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, seja expulso do país.


Em postagem na qual recriminou o encontro entre o diplomata e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrido na véspera, o parlamentar afirmou que o embaixador "passou do limite".


Após a reunião com Bolsonaro, Zonshine comentou, em entrevista, a operação da Polícia Federal (PF) que resultou na prisão de suspeitos de articularem um ataque terrorista contra judeus no país.


"O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda", pontuou o diplomata. O tom da declaração aumentou o incômodo do Planalto e do Itamaraty com a postura do embaixador.


Mais cedo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também usou as redes sociais para confrontar Zonshine. Ela afirmou que é "totalmente condenável a manipulação" do conflito na Faixa de Gaza e acrescentou que a "aliança espúria entre Bolsonaro e o embaixador de Israel é mais repugnante ainda porque envolve a segurança e a vida de cidadãos brasileiros" que ainda esperam para sair da região.


A postura do diplomata também foi criticada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que afirmou que nenhum representante de governo estrangeiro "pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal".


Também recorrendo às redes sociais, Dino destacou que o Brasil é um país soberano e que as investigações ainda estão em andamento.


Bolsonaro e Daniel Zonshine se encontraram nesta quarta-feira no Congresso, quando, segundo o ex-presidente, foi apresentado a ele e a parlamentares de direita um vídeo sobre "as atrocidades do Hamas" no dia 7 de outubro, data em que Israel foi alvo de um ataque terrorista por parte do grupo extremista.


Tanto o ex-chefe do Executivo quanto o diplomata afirmam que a presença de Bolsonaro na reunião não estava planejada, tendo havido um encontro "fortuito e ocasional", como pontuou a assessoria do ex-presidente.


Apesar do apelo de Lindbergh e das críticas de outros petistas, o governo brasileiro não deve tomar nehuma medida contra Zonshine, pelo menos neste momento.


A avaliação interna é que agir contra o diplomata neste momento seria um desserviço, uma vez que "a prioridade absoluta é o resgate dos brasileiros" que permanecem em Gaza.


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