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Letalidade policial e avanço de facções sob gestões do PT no NE preocupam Lula

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 11 de nov.
  • 2 min de leitura
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A intenção do governo é estreitar a relação na área de segurança com Estados governados por aliados


Na tentativa de organizar um discurso na segurança pública antes das eleições de 2026, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) redobrou a atenção com estados sob gestões petistas na região Nordeste, que enfrentam índices crescentes de mortes por intervenção policial e o avanço de facções criminosas.


Os principais focos de alerta são a Bahia e o Ceará, cujas dificuldades para conter a escalada de violência vêm sendo exploradas pela oposição a Lula. Em estados como Piauí e Rio Grande do Norte, o governo federal procura implementar ações que sirvam de vitrine para a campanha eleitoral.


O movimento do Palácio do Planalto é de estreitar a relação na área de segurança com Estados governados por aliados, para evitar ruídos que possam gerar desgastes ao PT no ano que vem.


Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que a Bahia, desde 2022, lidera o ranking de número de mortes provocadas pela polícia, que vinha sendo encabeçado pelo Rio até então.


No Ceará, onde a letalidade policial está abaixo da média nacional, o governador Elmano de Freitas (PT) vem elogiando ações da Polícia Militar que terminam em mortes de suspeitos, na contramão do discurso de Jerônimo na Bahia.


Na semana passada, Elmano defendeu que as forças de segurança “façam os confrontos que foram necessários” e frisou que “em um confronto entre policial e bandido, que morra o bandido”.


A busca por um discurso com apelo popular ocorre em meio a evidências de avanço de facções como o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC), com relatos recentes de expulsão de moradores em áreas da região metropolitana de Fortaleza por exigência das facções.


Apesar da menor letalidade policial, o Estado apresenta, neste ano, a terceira maior taxa de mortes violentas— categoria que inclui homicídios e latrocínios — do país, atrás apenas de Bahia e Amapá.


Também há casos de infiltração do crime organizado na política em municípios do interior cearense. Em Santa Quitéria, a Justiça Eleitoral cassou o ex-prefeito Braguinha (PSB) após constatar o apoio de uma facção à sua campanha.


A investigação apontou que dois funcionários da prefeitura conduziram um carro do Ceará até a favela da Rocinha, no Rio, com R$ 1,5 milhão destinados a uma liderança do CV, como pagamento pelo apoio ao então prefeito.


Em outra frente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, se reuniu na semana passada com secretários de Segurança dos estados que compõem o Consórcio Nordeste para afinar ações na área.


O encontro terminou com uma declaração de apoio das gestões à PEC da Segurança, que já havia sido alvo de críticas anteriormente de governadores como Jerônimo Rodrigues, da Bahia, por suposto risco de “intromissão” nos Estados.


Nesta segunda-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro que investiga a remoção de corpos de parte dos 121 mortos da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha.


A determinação foi feita na mesma decisão em que Moraes ordenou que o governo do Rio de Janeiro preserve as imagens das câmeras corporais dos policiais e entregue os laudos das autópsias dos mortos.



Créditos: O Globo

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