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Latam confirma que Filipe Martins embarcou para Curitiba no fim de 2022

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 15 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

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Um documento da companhia aérea Latam obtido pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), confirma que ele embarcou em um voo para Curitiba (PR) em dezembro de 2022. A declaração de embarque da companhia difere do que disse a PF (Polícia Federal) quando pediu a prisão de Martins.


Para a corporação, Martins teria saído do Brasil em dezembro de 2022 no avião presidencial com destino a Orlando (EUA). A PF argumentou, também que o DHS (Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, na sigla em inglês) também registrou a entrada do ex-assessor no país. A prova dessa informação atribuída à autoridade norte-americana nunca foi mostrada pela PF.


Os indícios reunidos pela Polícia Federal foram usados como base para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinasse a prisão preventiva de Martins. Ele é investigado na operação Tempus Veritatis por participar de uma suposta trama golpista.


O documento da Latam, no entanto, mostra que Filipe Garcia Martins Pereira está nos registros e na lista de passageiros do voo LA3680 com destino a Curitiba. O avião decolou às 16h50min de 31 de dezembro de 2022. O pouso foi às 18h40 do mesmo dia.


Em decisão da 2ª feira (11), Moraes intimou a Latam para que confirmasse se o ex-assessor embarcou no voo para Curitiba. Ele também acionou o Aeroporto Internacional de Brasília para informar se há imagens dos embarques da comitiva presidencial com destino a Orlando.


O pedido do ministro do Supremo foi feito depois que a PGR (Procuradoria Geral da União) emitiu parecer favorável à soltura de Martins, alegando que o quadro sofreu modificação. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a defesa do ex-assessor apresentou provas que comprovam a permanência dele no Brasil, apesar de ter seu nome na lista de passageiros do voo presidencial que decolou com destino aos EUA.


Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro de 2024 basicamente porque a PF argumentou que o ex-assessor de Bolsonaro teria tentado fugir do país e não sabia com exatidão seu destino e local de moradia. Alexandre de Moraes concordou e determinou a prisão.


Segundo a Polícia Federal, a ida de Martins com Bolsonaro para os EUA poderia “indicar que o mesmo tenha se evadido do país para se furtar de eventuais responsabilizações penais”.


"Considerando que a localização do investigado é neste momento incerta, faz-se necessária a decretação da prisão cautelar como forma de garantir a aplicação da lei penal e evitar que o investigado deliberadamente atue para destruir elementos probatórios capazes de esclarecer as circunstâncias dos fatos investigados”, afirmou a PF.


Sobre “a localização do investigado” ser “incerta”, a PF desconsiderou fotos do ex-assessor de Bolsonaro publicadas em perfil aberto na internet. Além disso, quando Martins foi preso, a PF soube onde procurá-lo para efetuar a detenção: no apartamento da namorada em Ponta Grossa (PR), a 117 km de Curitiba –logo, o seu paradeiro era conhecido.


A Procuradoria Geral da República manifestou–se pela soltura de Martins em 1º de março de 2024. Alegou que o pedido de prisão estava “suficientemente” fundamentado, mas que a documentação apresentada comprova que ele ficou no Brasil e que não havia plano de fuga.


Créditos: Poder360

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