José Múcio Monteiro pretende deixar o ministério de Lula
- Jason Lagos
- 8 de dez. de 2023
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, comunicou a seus aliados o desejo de deixar o governo após a data simbólica de 8 de janeiro, marcando um ano dos ataques aos prédios dos Três Poderes.
Múcio expressou a importância de permanecer no cargo até essa data, mas sugeriu que sua saída da pasta poderia ocorrer após esse marco.
Quando assumiu a posição, Múcio informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que planejava permanecer um ano à frente da Defesa, buscando a pacificação das Forças Armadas. No entanto, o presidente manifestou o desejo de que Múcio permaneça no cargo, contrariando os planos do ministro.
O nome que circula como possível sucessor de Múcio na Defesa, com aprovação significativa entre os militares, é o do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
José Múcio atuou no segundo governo Lula, ocupando a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, cargo com status de ministério.

No governo de Jair Bolsonaro, chegou a ser convidado para integrar a gestão federal, quando de sua aposentadoria no Tribunal de Contas da União. Bolsonaro e Múcio foram deputados federais juntos na Câmara.
"Zé Múcio, me permite, eu sou apaixonado por você. Gosto muito de Vossa Excelência", disse à época o chefe do Planalto, na despedida de José Múcio do TCU.
Reforma mais ampla
O presidente Lula delineou a intenção de realizar uma reforma ministerial mais abrangente no início de 2024, possivelmente em janeiro.
Rui Costa, atualmente na Casa Civil, é cogitado para assumir a presidência da Petrobras, como parte dessas alterações no Palácio do Planalto.
A sucessão de Flávio Dino (PSB-MA) no Ministério da Justiça também está inserida nessa reforma, prevista para janeiro. Dino permanecerá no cargo até sua posse no Supremo Tribunal Federal (STF), programada para o início de fevereiro, mesmo após a aprovação pelo Senado.
Especulações indicam outra possível mudança no Ministério dos Direitos Humanos, atualmente liderado por Silvio Almeida.
Segundo colaboradores presidenciais, a reforma ministerial segue a prática de ajustes adotada por Lula para corrigir a trajetória do governo após o primeiro ano de gestão.




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