Janja segue como obstáculo para Lula se reaproximar de pastores evangélicos
- Jason Lagos
- 15 de jan. de 2024
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Passados quase 15 meses da eleição de 2022, a primeira-dama Janja da Silva segue como o principal obstáculo para Lula se reaproximar de lideranças evangélicas de direita.
Defendem a reaproximação com os evangélicos, por exemplo, os ministros Paulo Pimenta, Jorge Messias e Alexandre Padilha, e petistas influentes como Edinho Silva e José Dirceu.
Janja segue repetindo a argumentação que conseguiu fazer prevalecer na campanha de 2022, de que Lula e o governo saem perdendo se relacionando com pastores conservadores e que eles nunca serão aliados confiáveis.
O mal-estar entre governos do PT e pastores evangélicos remonta a 2012. Naquele ano, o então ministro da Secretaria Geral Gilberto Carvalho, durante o Fórum Social Mundial 2012, realizado em Porto Alegre, afirmou ser "preciso fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes”.
O ministro disse ainda que, depois de “reduzir a oposição a pó”, o próximo passo do governo seria enfrentar os “pastores fundamentalistas”.
A ideia de Carvalho seria criar uma mídia estatal para a classe C e assim poder controlar a ideologia da população emergente. Tal mídia seria para disputar o público com os religiosos evangélicos já que eles conseguem controlar a visão dessa população referente aos projetos mais criticados do PT como descriminação do aborto, legalização das drogas, união civil de homossexuais e o projeto anti-homofobia que seria distribuído nas escolas públicas se a Bancada Evangélica não tivesse se posicionado contra.
“Aí necessidade importantíssima de uma disputa ideológica, de uma disputa de projeto frente a esse novo público que nos sabemos é um público homogenizado por setores conservadores. Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para o público que está emergindo”, disse na época Gilberto Carvalho.
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