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Israel faz o serviço sujo por nós no Irã, diz premiê da Alemanha

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 18 de jun.
  • 2 min de leitura
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Na mais forte declaração de um líder europeu acerca do ataque de Israel ao Irã, que deflagrou uma nova guerra no Oriente Médio, o líder da Alemanha afirmou nesta terça (17) que o Estado judeu está “fazendo o serviço sujo por todos nós”.


O nós a que se referia o primeiro-ministro Friedrich Merz (à direita na foto) eram os colegas do G7, o clube dos países ricos na esfera ocidental que inclui Estados Unidos, Alemanha, Itália, Canadá, Reino Unido, França e Japão, mais a União Europeia como convidada.


Merz comentava a guerra em uma entrevista à rede alemã ZDF no Canadá, onde o grupo está reunido. “Este é o trabalho sujo que Israel está fazendo por todos nós. Também somos vítimas deste regime [iraniano]. Esse regime clerical trouxe morte e destruição ao mundo”, afirmou.


Ele ainda disse acreditar em negociações, afirmando que os iranianos podem renunciar a seu programa nuclear militar em troca de vê-lo destruído. “O Exército de Israel obviamente não é capaz de conseguir isso, lhe faltam armas necessárias. Mas os americanos as têm”, disse.


O premiê se referia às bombas de penetração profunda contra bunkers, que poderiam obliterar os laboratórios e centrais nucleares subterrâneas do Irã.


O apoio alemão é o mais enfático, mas não único, entre aqueles que não são imediatamente alinhados a Tel Aviv -e, usualmente, extremamente críticos ao governo de Binyamin Netanyahu (à esquerda na foto) em Israel.


O presidente francês, Emmanuel Macron, já havia se pronunciado em favor da ação israelense, mas não em tons tão crus. A França é um dos países mais críticos da continuidade da guerra de Netanyahu contra o Hamas em Gaza, por exemplo.


Na atual rodada da guerra, o presidente Donald Trump tem abandonado o afastamento nominal da ação de Tel Aviv para um papel mais proativo. Ele deixou na noite de segunda (16) o G7 para lidar com o que muitos temem ser uma ação militar direta americana.


Trump escreveu numa postagem que Teerã deveria se evacuada, gerando pânico na capital iraniana, mas depois voltou ao modo morde-e-assopra, sugerindo que vai dar um ultimato para que o regime dos aiatolás renuncie a todo seu programa nuclear -militar e pacífico.


O aval alemão tem ressonância histórica também, dada a boa relação de Berlim com Tel Aviv durante os anos de construção do Estado judeu, viabilizado devido à tragédia do Holocausto perpetrado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.


A fala de Merz, aliada à ingerência de Trump, eleva a pressão sobre o Irã e dá crescente carta branca militar para Israel seguir alvejando alvos na teocracia, algo que poucos acreditavam que seria possível sem colaboração direta de Washington.



Créditos: Folha SP

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