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Indicado pelo PT-PE e defensor da Transnordestina até Suape, Danilo Cabral é demitido da Sudene

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 5 de ago.
  • 2 min de leitura
Antes de assumir a Sudene, Danilo Cabral foi deputado federal por três mandatos
Antes de assumir a Sudene, Danilo Cabral foi deputado federal por três mandatos

Nesta terça-feira (5), o Governo Federal demitiu o pernambucano Danilo Cabral, que estava havia dois anos à frente da Superintendência do Desenvolvimento Econômico do Nordeste (Sudene). Natural de Surubim (PE), no Agreste do Estado, Cabral insistiu na construção de um ramal da ferrovia Transnordestina até o porto de Suape, no litoral sul de Pernambuco, fato que incomodou lideranças políticas e empresariais do Ceará, que defendem que a ferrovia siga apenas até o porto de Pecém (CE), na região metropolitana de Fortaleza.


A Ferrovia Transnordestina, elaborada ainda no 2º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010), parte do município de Eliseu Martins (no Piauí), corta o Sertão pernambucano até chegar a Salgueiro, de onde sobe pelo sertão cearense e segue até o porto de Pecém (CE).


Os empresários e políticos cearenses querem fortalecer o local como polo de escoamento de produtos do interior do Nordeste. Mas, em Pernambuco, a reivindicação é para que, além do ramal para a costa do Ceará, a ferrovia tenha também um ramal que corte o Estado pernambucano até Suape.


Até o momento foram construídos apenas 33% do ramal pernambucano, saindo de Salgueiro apenas até Custódia, ainda no Sertão. Alega-se que o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), estaria reclamando de supostas dificuldades e atrasos no avanço da Transnordestina, apontando suposta falta de empenho de Danilo Cabral. A Sudene é a principal financiadora da obra, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE).


Desde que Cabral reforçou, durante evento realizado em julho, o empenho pelo ramal pernambucano, prometendo também investir em pesquisas para mais ferrovias no seu estado natal, a pressão sobre o político aumentou. Entidades empresariais da Paraíba e de Pernambuco saíram em defesa de Cabral, mas a força dos petistas do Ceará foi maior.


O novo superintendente da Sudene deve vir também de Pernambuco, mas indicado pela senadora Teresa Leitão (PT). O nome mais cotado é o do engenheiro civil Francisco Ferreira Alexandre, 2º suplente da senadora petista. Natural de Bom Conselho, no Agreste do estado, ele tem formação acadêmica na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), estado onde ele foi servidor no Banco do Brasil e onde iniciou sua atuação sindical junto à CUT local. Atuou no conselho de administração de empresas do ramo alimentício, como Perdigão e BRF, e de fundos de investimentos.



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Francisco Ferreira Alexandre responde a ação de improbidade administrativa movida pela Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). No processo, a Petros atua como assistente da acusação e cobra ressarcimento de perdas estimadas em quase meio bilhão de reais decorrentes de decisões de investimento que Ferreira tomou na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) em 2009 .


Na ação, a Petros sustenta ter sido diretamente lesada quando Ferreira, então diretor de Administração da Previ, autorizou aporte de R$ 50 milhões no Global Equity Properties, fundo de participações que gerou perdas estimadas em quase meio bilhão de reais ao inflar o valor dos ativos para beneficiar intermediários em troca de propina.



Créditos: Brasil de Fato e Blog do Magno

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