Hamas se diz “decepcionado” com falta de apoio de países árabes
- Jason Lagos
- 17 de out. de 2023
- 2 min de leitura

O Hamas, que atacou Israel há 10 dias mirando alvos civis e recebeu uma declaração de guerra como resposta, mostrou descontentamento com a falta de apoio explícito de países árabes. Ghazi Hamad, um dos porta-vozes do grupo, disse que a organização está “decepcionada”.
“Nós estamos muito chateados com a política dos países árabes que não nos ajudam e ficam calados”, disse Ghazi Hamad, ao ser questionado se outros países ou grupos armados procuraram o Hamas para conversar sobre o conflito.
A preocupação do grupo acontece em um momento crítico na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007. Desde o início da guerra, a região é alvo constante de bombardeios israelenses e vive a apreensão de uma possível invasão terrestre pelas forças de Israel.
Até o momento, poucos países da região emitiram opiniões mais fortes em apoio ao grupo. Apenas o Irã elevou o tom e ameaçou uma possível escalada no conflito, que já deixou mais de 4 mil mortos entre palestinos e israelenses.
No domingo (15), o ministro das Relações Exteriores do país confirmou que novas frentes podem surgir contra Israel em resposta ao cerco à Faixa de Gaza e à ajuda internacional que o governo de Benjamin Netanyahu tem feito.
O Al Qassam, uma brigada do grupo extremista Hamas, anunciou, nesta segunda-feira (16), planos de libertar todos os reféns estrangeiros mantidos na Faixa de Gaza. Abo Obaida é o porta-voz que fez esse pronunciamento pelo Telegram.
“Libertaremos todos os estrangeiros mantidos em cativeiro em Gaza, porque não tivemos tempo de checar suas identidades na captura. Nós os consideraremos convidados até que a situação permita a libertação”, afirmou.
Os cidadãos foram sequestrados a partir dos ataques do Hamas no dia 7 deste mês, quando foi reiniciado o conflito armado do grupo com o país do Oriente Médio.
A mensagem do Al Qassam culpou Israel pela demora em soltar os sequestrados ao dizer não ter conseguido contar quantos israelenses estão reféns, “porque Israel tem bombardeado sem parar” a região.
Autoridades de Israel já teriam identificado a maioria dos reféns capturados pelo Hamas, que ameaçou matar um sequestrado a cada contraofensiva. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o grupo levou muitos idosos, crianças e mulheres.



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