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Grupo Wagner afirma que Prigozhin foi morto por "traidores da Rússia"

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 24 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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Exatamente dois meses após o início de um motim do Grupo Wagner contra o comando das forças militares de Vladimir Putin, um avião Legacy 600, fabricado pela brasileira Embraer, caiu às 18h11 (12h11 em Brasília) desta quarta-feira (23/8), perto do vilarejo de Kuzhenkino, no norte da Rússia.


Sete passageiros e três tripulantes estavam a bordo — mesmo número de ocupantes de um avião militar derrubado pelo Wagner, em 24 de junho. Não houve sobreviventes. A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia confirmou que Yevgeny Prigozhin, chefe dos mercenários, era um dos passageiros.


Em nota divulgada no Grey Zone, canal afiliado no Telegram, o Grupo Wagner confirmou a morte de seu líder e denunciou um assassinato. "O chefe do Grupo Wagner, herói da Rússia, um verdadeiro patriota dessa pátria, Yevgeny Viktorovich Prigozhin, morreu como resultado das ações dos traidores da Rússia. Mas, mesmo no inferno, ele será o melhor!", afirma o texto.


Dmitry Utkin, um dos fundadores do Wagner e número dois no comando, também viajava no Legacy, que fazia o trajeto entre Moscou e São Petersburgo. Vídeos divulgados na internet, cuja autenticidade não pôde ser confirmada pela agência France-Presse, mostram o avião em chamas caindo verticalmente, na região de Tver, a cerca de 300km ao norte da capital russa.


Enquanto as primeiras informações sobre a queda circulavam, Putin discursava em Kursk, 877km ao sul de Kuzhenkino, durante cerimônia que marcou o 80º aniversário da vitória soviética na batalha contra os nazistas, ocorrida na região, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele não mencionou o incidente com Prigozhin.


"A todos nós, e a toda a Rússia, um feriado maravilhoso", declarou o presidente russo. Horas antes, Putin tinha afastado do comando das Forças Aeroespaciais da Rússia Serguei Surovikin. O general está desaparecido desde o motim.


A Casa Branca informou que o presidente Joe Biden foi informado sobre a queda da aeronave. "Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas não estou surpreso" com a notícia da possível morte de Prigozhin, disse. "Não há muita coisa que aconteça na Rússia que Putin não esteja por trás. Mas não sei o suficiente para saber a resposta."


Vice-diretora do Programa Rússia e Eurásia, a ucraniana Orysia Lutsevych afirmou que, se confirmada, a morte de Prigozhin é "um desenvolvimento lógico que segue um motim fracassado contra o Kremlin". "Depois da revolta, que minou a fortaleza de Putin no poder, era questão de tempo a eliminação de Prigozhin. Vivo, o líder do Grupo Wagner era um lembrete de que Putin é fraco", observou.


De acordo com ela, resta saber se os seguidores de Prigozhin "apenas engolirão uma pílula amarga ou aumentarão suas fileiras". "Em qualquer caso, o conflito dentro das agências de segurança e de defesa da Rússia tende a aprofundar", aposta.


A especialista não descarta a extinção do Grupo Wagner, por entender que os mercenários estão excessivamente expostos, e Putin reconheceu que eles foram financiados pelo Estado russo. "O Wagner é conhecido por cometer crimes de guerra não apenas na Ucrânia, mas também na África. É provável que seja declarado uma 'organização terrorista'."


Créditos: Correio Braziliense

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