Governo prepara estratégia para atrair evangélicos com isenção de impostos e outras benesses
- Jason Lagos
- 3 de jul. de 2023
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Após fazer gestos ao público do agronegócio, o governo Lula vai avançar agora numa estratégia para atrair os evangélicos. Um grupo de trabalho no Palácio do Planalto estuda projetos que tramitam no Congresso e atendam ao pleito de pastores.
Um deles amplia a imunidade tributária das igrejas na compra de bens e serviços necessários à formação do patrimônio, à geração de renda e à prestação de serviços.
Isso significa isenção de impostos a todo produto comprado pelo CNPJ das igrejas tanto para a construção dos templos quanto para a preparação dos cultos até os serviços sociais. Ou seja, até os alimentos da sopa dos lares de idosos de igrejas ficariam sem tributação.
Outro ponto em análise é o desbloqueio de R$ 1 bilhão da tributação da folha de pagamento de funcionários das igrejas, presos na Receita Federal.
Tudo isso ainda está em fase preliminar de estudos dentro do governo. A ideia não é necessariamente encampar esses textos integralmente, embora nada esteja excluído de antemão. Mas possivelmente formular novos projetos com essa pegada.
O que importa ao fim e ao cabo para o governo é que no Brasil, há 70 milhões de evangélicos — número que só cresce — que frequentam 150 mil templos.
A investida da Lula para conquistar a simpatia os evangélicos com oferta de benesses financeiras pode não ser suficiente para atingir tal objetivo, por conta de declarações do próprio Lula em assuntos de grande importância para este público.
Na semana passada, durante a abertura do 26° encontro do Foro de São Paulo, organização transnacional de extrema esquerda, o presidente Lula disparou: “Aqui, no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo”, disse o petista, ao mencionar ter orgulho de ser chamado de comunista. “Ou seja, enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater.”
Créditos: O Globo e Revista Oeste




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