Governadores contrariam Lula e vão manter escolas cívico-militares
- Jason Lagos
- 13 de jul. de 2023
- 2 min de leitura

Estados reagiram à decisão do governo de Lula (PT) de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) e anunciaram a manutenção de escolas que adotaram o modelo criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2019.
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) disse que o programa das escolas cívico-militares será mantido. Em nota, o governador mineiro disse que o modelo continuará funcionando com gestão compartilhada com o Corpo de Bombeiros do Estado.
"Em Minas as Escolas Cívico-Militares continuarão funcionando com Gestão compartilhada dos Bombeiros. A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se une ao trabalho de ensino dos Mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade", informou o governador mineiro.
Por meio de nota, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o estado vai editar um decreto com o objetivo de regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares. Além disso, o governador também afirmou que deve ampliar as unidades de ensino deste formato em todo o estado de São Paulo.
"Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens", comunicou em nota publicada nas redes sociais, na quarta-feira (12).
No Rio de Janeiro o programa também deve ser mantido. De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), o objetivo é permanecer com o modelo e buscar ampliar.
"O nosso Estado tem longa tradição na formação militar do país. É uma vocação! Temos 16 unidades no RJ que já trabalham com gestão compartilhada com as forças armadas e militares do estado. Atendemos aproximadamente 10 mil alunos. Portanto vamos manter essas escolas já existentes. Nossa estratégia é ainda ampliá-las, já que elas se enquadram como escolas vocacionais e estão no escopo do novo ensino médio", comunicou.
Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, decidiu manter o programa nas escolas estaduais. O estado tem 194 colégios com o modelo cívico-militar, que tem como referência o modelo federal. Conforme informado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Paraná, o estado vai "trabalhar para migrar os 12 colégios do modelo federal para o estadual".
O governador Ibaneis Rocha (MDB), também garantiu que o programa das escolas cívico-militares vai prosseguir no Distrito Federal. "O Distrito Federal vai continuar a implementar. Quanto ao governo federal depende deles", declarou.
Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) lamentou a decisão do governo federal e disse que irá "avaliar a manutenção do programa" junto a Secretaria de Educação do estado.
Até mesmo na Bahia, governada pelo petista Jerônimo Rodrigues, o município de Feira de Santana vai manter a única escola cívico-militar em funcionamento no estado.
Créditos: Estado de Minas
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