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Globo é processada em R$ 1 milhão por chamar trans de ‘mulher que se passava por homem’

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 17 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

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A TV Globo foi processada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo por chamar uma pessoa que se declara homem trans de “uma mulher que se passava por homem”. A cena ocorreu numa edição do Fantástico de 2019. A emissora foi processada sob a acusação de ter feito uma reportagem “de cunho transfóbico”.


A mulher biológica viveu como um homem por mais de 50 anos, mas com documentos falsos. A Globo está tentando um acordo para não pagar a indenização de R$ 1 milhão.


“Você vai conhecer hoje o segredo de Lourival”, disse a apresentadora Poliana Abritta, ao narrar a chamada para a investigação do homem transexual. “Mulher se passa por homem durante 50 anos. Nem a família sabia.”


A intimação ocorreu dias depois da exibição da reportagem, em fevereiro de 2019. O Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) argumenta que a Globo desrespeitou Lourival Bezerra quando o chamou de “uma mulher que se passava por homem”.


De acordo com o Ibrat, a emissora deveria chamá-lo de “homem transexual” — considerado o mais adequado pelo instituto. A audiência de conciliação será em 31 de agosto.


A edição do Fantástico de 3 de fevereiro de 2019 está disponível no Globoplay, mas a reportagem sobre Lourival foi cortada.


O serviço de streaming da Globo deixou apenas um aviso ao usuário: “Esta versão foi modificada em sua versão web“. A emissora não explicou a razão da mudança.


A polícia ainda investiga se Lourival Bezerra de Sá, que morreu aos 78 anos, se identificava como um homem trans ou se era uma mulher, com outra identidade, para esconder algum crime. Seu registro feminino, de Enedina Maria de Jesus, também era falso.


Lourival se casou com uma mulher e criou os filhos dela como se fossem seus. Entretanto, o casal não tinha relações sexuais, de modo que sua família não sabia se o homem trans tinha órgãos sexuais femininos.


A descoberta sobre os órgãos sexuais femininos ocorreu apenas na morte de Lourival, em 2018. Naquele ano, o homem trans teve um infarto fulminante e precisou da ajuda de socorristas.


A polícia investiga se a pessoa se identificava como trans ou se assumiu uma identidade diferente para esconder crime


Créditos: Revista Oeste

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