Geraldo Alckmin deve integrar reunião entre Lula e Trump sobre tarifas comerciais
- Jason Lagos
- há 2 dias
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Conversas bilaterais entre Brasil e Estados Unidos devem contar com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar a reunião com o líder norte-americano, Donald Trump.
O encontro, previsto para ocorrer por telefone ou videoconferência na próxima semana, também deve ter a presença do chanceler Mauro Vieira e do assessor especial Celso Amorim.
O convite a Alckmin se justifica pelo protagonismo do vicepresidente nas tratativas bilaterais relacionadas ao recente aumento das tarifas, tema central da pauta. De acordo com o ministro Vieira, Alckmin manifestou disposição para ir aos Estados Unidos e debater presencialmente as medidas, caso haja interesse da Casa Branca em negociar.
Apesar da mobilização, autoridades brasileiras avaliam que a reunião não deve resultar em mudanças imediatas em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos.
A expectativa do governo é que Lula destaque ao presidente Trump que o Executivo não interfere nas decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O petista também deve ressaltar a autonomia do sistema judiciário nacional e o respeito ao devido processo legal.
Durante a conversa, representantes brasileiros pretendem reforçar o pedido do setor produtivo para retirada de tarifas sobre produtos como café e carne bovina. Por outro lado, espera-se que os Estados Unidos voltem a defender a redução da tarifa aplicada ao etanol norte-americano exportado ao Brasil.
Nesta terça-feira, 23, em discurso na 80ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Trump sinalizou de maneira positiva sobre a possibilidade de uma conversa com Lula. O norteamericano afirmou que sentiu uma “química” e elogiou o brasileiro.
Na abertura das falas de chefes de Estado, o petista rejeitou a anistia como um processo de pacificação do Brasil. Ele ainda reiterou a autonomia do Judiciário e condenou “ataques unilaterais externos", em referência aos EUA.
Créditos: Revista Oeste
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