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Fala de Romeu Zema provoca reações de governadores do Nordeste

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 6 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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Uma entrevista do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao jornal Estado de São Paulo, provocou uma forte reação de governadores nordestinos. O mineiro defendeu em ações de uma frente para o “protagonismo” político das regiões Sul e Sudeste, com o objetivo de evitar perdas econômicas.


“Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do país. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político”, afirmou.


O Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) é atualmente presidido pelo governador Ratinho Junior, do Paraná. Zema afirmou que o objetivo do bloco é que os estados atuem em conjunto para frear prejuízos às unidades federativas no Congresso.


“Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós falamos, não senhor. Nós queremos proporcional à população. Por que sete Estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente.”


O consórcio de governadores do Nordeste rebateu neste domingo (6) as declarações de Romeu Zema. Para o governador da Paraíba, João Azevêdo, que preside o consórcio, a fala de Zema representa “um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste”.


“Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de ‘O Brasil que cresce unido’. Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução”, disse o grupo, em nota.


O documento ainda diz que “É importante reafirmar que a união regional dos estados Nordeste e, também, os do Norte, não representa uma guerra contra os demais estados da federação, mas uma maneira de compensar, pela organização regional, as desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento.”


Também neste domingo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou nas redes sociais sobre a frente das regiões Sul e Sudeste, anunciada por Romeu Zema.


Em vídeo, o tucano saiu em defesa do bloco e disse que o objetivo não é “desunir ou desintegrar nenhuma parte da federação”.


“Nunca achamos que os estados do Norte e Nordeste haviam se unido contra os demais estados. Ao contrário: a união deles em torno de pautas de seus interesses serviu de inspiração para que, finalmente, possamos fazer o mesmo, nos unirmos em torno do que é pauta comum e importante aos estados do Sul e Sudeste”, disse.


Para o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, a reação da esquerda e de governadores do Nordeste às declarações de Romeu Zema foi desproporcional e irresponsável.


“A partir de uma manchete inverídica escala para um fato desses de maneira absolutamente desproporcional”, disse Ribeiro.


A manchete que o presidente do Novo classificou como inverídica foi a que o Estadão usou inicialmente para a entrevista com o governador mineiro: "Zema anuncia frente frente Sul-Sudeste contra o Nordeste e quer direita unida contra a esquerda".


Após a repercussão causada pela manchete, a mesma foi modificada e passou a dizer: "Zema anuncia frente para protagonismo do Sul-Sudeste e quer direita unida contra a esquerda".

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