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Explosão de pagers no Líbano provoca mortes e graves lesões em milhares de pessoas

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 17 de set. de 2024
  • 2 min de leitura
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explosão quase simultânea de pagers, dispositivo eletrônico usado para receber alertas e mensagens curtas, no Líbano nesta terça-feira (17) provocou um cenário de pânico em diferentes partes do país.

 

Ao menos nove pessoas morreram, incluindo uma criança, e 4 mil ficaram feridas, sobrecarregando o sistema de saúde, que mobilizou uma campanha de doação de sangue.

 

Entre os feridos, 400 estão internados em estado grave, informou o Ministério da Saúde libanês, e ao menos 500 perderam a visão, segundo o canal saudita al-Hadath.

 

O Hezbollah e integrantes do próprio governo do Líbano acusaram Israel pelo ataque — o país ainda não se pronunciou, mas fontes do governo israelense confirmam que a ordem veio do premier, Benjamin Netanyahu.

 

O grupo xiita confirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, não se feriu. Já o embaixador do Irã no país, Mojtaba Amani, sofreu ferimentos leves. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos também relatou explosões na Síria, onde o Hezbollah opera abertamente, com 14 feridos.

 

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, o uso dos pagers foi expandido entre membros do Hezbollah, a pedido do líder Nasrallah, por serem considerados uma forma de comunicação mais segura e mais difícil de rastrear do que celulares comuns.

 

A explosão rápida quase simultânea dos dispositivos — que alguns analistas acreditam ter sido provocada por uma infiltração na linha de montagem ou por um malware que levou ao superaquecimento das baterias — dificultou a possibilidade dos portadores de pagers se desvencilharem deles.

 

Segundo o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, a maioria dos ferimentos atingiram o abdômen, as mãos e o rosto das vítimas, sejam por estarem utilizando os pagers no momento ou guardando-os perto do corpo.

 

No subúrbio de Beirute, onde há uma forte presença do Hezbollah e muitas explosões aconteceram, moradores relataram ter visto fumaça saindo dos bolsos das pessoas, seguida por explosões que pareciam fogos de artifício. 

 

A onda de explosões deixou muitas pessoas em Beirute em um estado de confusão e choque. A tragédia despertou o medo em muitos libaneses de atenderam ligações telefônicas.

 

Segundo o médico Abdulrahman al Bizri, que visitou hospitais que estão recebendo feridos em Sídon, disse que há uma escassez de cirurgiões oftalmológicos para dar conta do número de pessoas com ferimentos nos olhos.

 

— Os ferimentos nos olhos não serão fáceis e precisarão de um longo tratamento — disse ele.

 

Em entrevista à imprensa local, o membro de uma equipe de um hospital que está acolhendo vítimas destacou também os altos níveis de amputação.

 

— Muitos dos feridos perderam os dedos, em alguns casos, todos eles — disse. — É muito delicado e algumas cenas são horríveis.


Créditos: O Globo

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