Evento de filiação em massa ao PSD tem exaltações a Raquel Lyra, mas sem tom de convenção
- Jason Lagos
- 8 de abr.
- 2 min de leitura

A filiação em massa de ex-tucanos ao PSD na noite desta segunda-feira (7) assumiu um tom político, em especial em torno da exaltação da governadora Raquel Lyra (PSD) e em repúdio à intervenção da Executiva Nacional do PSDB no diretório estadual, que levou 32 prefeitos a abandonarem o ninho tucano. O ato, no entanto, não mobilizou grande militância, e evitou o clima de convenção partidária visto na filiação de Lyra, no início de março.
O evento aconteceu em um pequeno auditório do Novotel Recife Marina, localizado no Cais de Santa Rita, na capital pernambucana. A governadora se cercou de quadros do PSD e de deputados estaduais de diversas legendas, representando o pluripartidarismo da bancada governista e disfarçando a falta de representatividade do PSD no Legislativo.
O PSD tinha 25 prefeitos e agora acrescentou mais 31, vindos do PSDB. Faltou apenas o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, que estava em Brasília nesta segunda-feira, assumindo um cargo na Confederação Nacional de Municípios, e por isso teve de adiar a assinatura da ficha partidária.
Em discurso, Raquel evitou antecipar o debate sobre as eleições, mas não deixou de politizar a pauta municipalista. Dirigiu-se aos prefeitos recém-filiados e soltou indiretas para o possível adversário de 2026, João Campos (PSB) – apesar de nunca citá-lo diretamente.
“Eu não estou aqui para tratar da eleição de 2026. Estamos aqui porque temos muito o que fazer até lá. Nunca fizemos gestão cuidando de eleição. Aprendi em casa que o processo de reeleição é resultado de um trabalho e da entrega para mudança da vida do nosso povo", afirmou.
“Nós não estamos aqui para esquentar cadeira, para quem quiser achar que mulher quando assume o governo é somente para esperar o próximo homem que vai assumir, com todo o respeito a eles. Fazemos política somando, não é com raiva”, complementou.
Nas últimas semanas, João Campos participou de congressos do PSB que, apesar do intuito de eleger os diretórios municipais e estadual do partido, se tornaram atos de ‘pré-convenção partidária’ em exaltação ao seu nome como candidato ao Governo do Estado e presidente nacional do partido.
Créditos: Diário de Pernambuco
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