Em tom de ameaça, Trump defende Bolsonaro pela pimeira vez; Eduardo diz que outras ações virão
- Jason Lagos
- 8 de jul.
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Pela primeira vez desde o início de seu segundo mandato, Donald Trump saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a oposição brasileira vinha pedindo há alguns meses.
Nas palavras de Trump, o ex-presidente brasileiro “não é culpado de nada”, e é vítima do que classificou como “caça às bruxas”. Por isso, o líder norte-americano pediu que autoridades brasileiras deixem Bolsonaro “em paz”.
“Estarei assistindo à caça às bruxas de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil — chama-se eleição. Deixe Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump na rede social Truth.
Com a fala de Trump, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) foi às redes sociais e afirmou que a declaração do presidente republicano não será a “única novidade vinda dos EUA neste próximo tempo”.
Afastado de seu mandato na Câmara dos Deputados desde fevereiro, Eduardo tem sido um dos principais articuladores, entre a oposição do Brasil e políticos de direita norte-americanos.
Lá, o filho de Jair Bolsonaro busca, principalmente, sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz é relator do caso que investiga os supostos crimes do ex-presidente contra a democracia brasileira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as falas do líder norte-americano. Sem citar o presidente dos EUA diretamente, Lula afirmou que o Brasil não aceita interferência de terceiros. Além disso, o mandatário brasileiro classificou como “muito equivocado” um presidente que fica “ameaçando os outros em redes digitais”.
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros”, declarou Lula durante coletiva de imprensa na reunião dos Brics. “Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”.
Já o ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu a Donald Trump, por ele ter saído em sua defesa. Pelas redes sociais, Bolsonaro disse que tem em comum com Trump a defesa dos “interesses dos nossos povos e a liberdade de todos”.
“Este processo ao qual respondo é uma aberração jurídica (Lawfare), clara perseguição política, já percebida por todos de bom senso”, disse Bolsonaro em publicação no X. “Agradeço ao ilustre presidente e amigo. V. Exa. passou por algo semelhante. Foi implacavelmente perseguido, mas venceu para o bem dos Estados Unidos e dezenas de outros países verdadeiramente democráticos.”
A primeira manifestação de uma autoridade norte-americana sobre o tema aconteceu em 21 de maio. Na época, o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, falou em “grande possibilidade” de o ministro do STF ser alvo de sanções de Washington.
Créditos: Metrópoles e Revista Oeste
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