Eduardo Bolsonaro presidirá Comissão de Relações Exteriores da Câmara
- Jason Lagos
- 27 de fev.
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Em uma derrota para o governo, a oposição garantiu o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), um dos colegiados mais estratégicos do Congresso. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é o nome cotado para assumir a presidência da comissão, fortalecendo a presença da direita em debates sobre política externa e defesa. O anúncio foi feito pelo líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ).
A Creden é responsável por debater e votar propostas sobre as relações diplomáticas e consulares e a política externa do País. Também está no escopo do colegiado projetos que tratam sobre direito militar, defesa nacional, direito internacional, público e privado, autorização para a saída do presidente e do vice-presidente do País e outros assuntos referentes às Forças Armadas.
As comissões devem ser instaladas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o Carnaval. O PL de Bolsonaro ainda briga para ter o comando da Comissão de Saúde e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.
Nos corredores do Congresso, é dito que o comando da Creden deve fortalecer os projetos de Eduardo para expor as pautas do bolsonarismo para fora do País. Além disso, o comando da comissão deverá trazer visibilidade para a campanha dele a uma cadeira do Senado por São Paulo, em 2026.
Nesta quinta-feira (27), o PT acionou o Conselho de Ética da Câmara para abertura de processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro. A sigla acusa o parlamentar de conspirar nos Estados Unidos contra a soberania brasileira.
De acordo com a representação, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito viagens ao território americano nas quais articularias, com deputados republicanos, o andamento do projeto de lei que pode impedir o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de entrar no país.
A proposta foi aprovada pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos, uma espécie de CCJ do Congresso americano, na quarta-feira (26).
Para os petistas, na aproximação com o governo Donald Trump, Eduardo Bolsorano também teria a intenção de interferir em processos judiciais, como o que apura a suposta atuação do ex-presidente em uma tentativa de golpe de Estado.
Créditos: Estadão e CNN Brasil
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