Confederação Nacional de Municípios declara apoio à Reforma Tributária

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) declarou, nesta quarta-feira (5), apoio ao relatório da reforma tributária do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Para viabilizar esse apoio, o relator fará algumas modificações no texto para atender os interesses dos municípios.

O apoio da CNM é importante para reforçar a onda de apoios à reforma tributária às vésperas da data prevista de votação da proposta no plenário da Câmara dos Deputados.

O relator, Aguinaldo Ribeiro, intensificou suas reuniões e busca o máximo de apoio de bancadas partidárias, de setores econômicos e de agentes políticos.

A reforma tributária está na pauta da Câmara e será votada até a sexta-feira (7), segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Até lá, Lira, Aguinaldo e integrantes do governo têm atuado com empenho para garantir apoio à proposta em discussão no Congresso.

A bancada de deputados do Partido Liberal (PL) se reúne nesta quinta-feira (6) em Brasília com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A partir do encontro, os parlamentares da sigla podem reavaliar a posição contrária à reforma tributária.

A reunião será pela manhã na sede do partido em Brasília. A legenda já se colocou contra o texto do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, mas cogita rever essa decisão caso o texto sofra alterações que atendam às demandas dos governadores – principalmente as de Tarcísio.

Os avanços nas negociações de Aguinaldo com os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) são tidos como importantes para uma possível decisão de apoiar a reforma.

Mesmo que o PL não reveja seu posicionamento, a cúpula da sigla entende que, caso Castro e Tarcísio apoiem a reforma, será inevitável que integrantes do partido também votem a favor do texto, mesmo que a orientação da legenda seja contrária à proposta.

Tarcísio avalia que a reforma atual é fruto de um esforço da gestão Bolsonaro -- as PECs 45 e 110, base da atual reforma, são do primeiro ano do mandato de Bolsonaro.