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Com negativa do Supremo, TCE sofre segunda derrota seguida contra publicidade do governo Raquel Lyra

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 5 de ago.
  • 3 min de leitura
O ministro Luís Roberto Barroso negou pedido de liminar e manteve o contrato de publicidade
O ministro Luís Roberto Barroso negou pedido de liminar e manteve o contrato de publicidade

Designado relator, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, negou pedido de liminar impetrado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra decisão do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) que manteve o contrato de publicidade licitado pelo governo de Pernambuco, revogando ato do TCE. É a segunda derrota seguida do Tribunal sobre a publicidade de Raquel Lyra (PSD).


No despacho em que negou o pedido de liminar, nesta terça-feira (5), Barroso intimou a Procuradoria Geral da República a se manifestar. O TCE havia suspendido a licitação, mas, em 28 de julho passado, o desembargador Fernando Cerqueira, do TJPE, cassou sua decisão, atendendo pedido da empresa E3-Comunicação Integrada, uma das ganhadoras da licitação, no valor de R$ 120 milhões anuais.


Na liminar em que revogou a decisão do TCE, em 28 de julho, o desembargador Fernando Cerqueira se baseou em parecer Ministério Público de Contas, órgão do próprio TCE, segundo o qual não havia, no resultado da licitação, potencial prejuízo ao erário estadual.


O denunciante ao TCE contra o resultado da licitação, o advogado Pedro Neves, é primo do vice-presidente do TCE, Carlos Neves, que estava como presidente em exercício do tribunal e votou pela suspensão da licitação como integrante da 1ª Câmara, num processo que tramitou no tribunal em 15 dias.


O advogado também é funcionário do gabinete do deputado estadual Rodrigo Farias (PSB), opositor de Raquel Lyra. O relator da suspensão no TCE foi o conselheiro Eduardo Lyra Porto, sobrinho do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), outro ferrenho nome da oposição à governadora.


Boa parte dos conselheiros do TCE foi indicada pelo então governador Eduardo Campos, pai do prefeito João Campos (PSB), provável opositor da tentativa de reeleição de Raquel Lyra em 2026.


Segundo o deputado estadual Antônio Moraes (PP), aliado da governadora, a disputa pelo comando do Estado está também por trás do pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa, protocolado na segunda-feira por 18 deputados oposicionistas, para investigar os contratos da publicidade governamental.


O polêmico resultado da licitação da publicidade prevê prorrogação por até dez anos, o que resultaria, no caso da reeleição de Raquel, computando-se seis anos de gestão dela, num total de R$ 720 milhões.


Na segunda (4), data que marcou o retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada Dani Portela (PSOL) protocolou um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito contra o governo Raquel Lyra no caso do contrato de publicidade que começou a ser investigado pelo TCE.


O documento foi publicado em edição do Diário oficial e conta com a assinatura de 18 parlamentares. Para que a CPI fosse deferida, era necessário o apoio de 17. O documento apresenta como justificativa o alto valor do contrato e a relação familiar da governadora com um dos citados na investigação. Esta é a primeira CPI apresentada contra uma gestão estadual entre todos os atuais governos. O próximo passo agora será a formação da composição da comissão.


Assinaram o documento: Abimael Santos (PL), o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), Antonio Coelho (UB), Cayo Albino (PSB), Coronel Alberto Feitosa (PL), Delegada Gleide Ângelo (PSB), Diogo Moraes (PSB), Edson Vieira (UB), Francismar Pontes (PSB), Gilmar Junior (PV), João Paulo Costa (PCdoB), Joel da Harpa (PL), Junior Matuto (PSB), Mário Ricardo (Republicanos), Rodrigo Farias (PSB), Romero Albuquerque (UB), Sileno Guedes (PSB) e Waldemar Borges (PSB).



Créditos: Blog do Ricardo Antunes e Blog Cenário

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