Com mudança de cenário, Lulismo da futura chapa Taboquinha começa a ser exposto em redes sociais
- Jason Lagos
- 12 de jun. de 2024
- 2 min de leitura

Um risco que parecia superado para o grupo Taboquinha no pleito deste ano reapareceu no horizonte, após a desistência de Fábio Aragão em concorrer à reeleição, sendo substituído por Helinho Aragão: o discurso de nacionalização da campanha municipal.
Uma amostra do que está por vir apareceu nesta terça-feira nas redes sociais, apenas 24 horas após o o prefeito Fábio Aragão comunicar sua saída do processo eleitoral. Imagens contendo o futuro candidato a prefeito Helinho Aragão, acompanhado do seu futuro vice, Flávio Pontes, em evento de apoio à candidatura de Lula a presidente da República começaram a circular nas redes sociais.
Nas imagens divulgadas, aparece também o vereador Gilson Julião, o chefe de gabinete Eliel Antonio e o ex-vereador Deomedes Brito, que há anos comanda a secção local do Partido dos Trabalhadores. Deomedes é um fiel aliado do senador petista Humberto Costa.
O perigo da nacionalização da campanha, para o grupo Taboquinha, havia sido diminuído em muito pelo prefeito Fábio Aragão, que montou um núcleo de direita dentro do seu governo, com vários expoentes desse núcleo sendo pré-candidatos a vereador pelo grupo situacionista. Inclusive, um dos vereadores da bancada Taboquinha é assumidamente de direita: o irmão Soares.
Fábio também teve o cuidado de não lançar candidatos a vereador por partidos de esquerda, mesmo desagradando a muitos de seus apoiadores e lideranças taboquinhas, já que o grupo tem uma identidade histórica com esse espectro político.
Apesar do novo cenário, com dois candidatos de esquerda na majoritária Taboquinha, não há como garantir de que o fator nacional venha a pesar no pleito deste ano em Santa Cruz do Capibaribe, uma vez que a direita local está espalhada, parte dela atuando no próprio governo e outra parte nos grupos Azul e Verde.
A fragmentação da direita santa-cruzense dificulta a vinda ao município, este ano, do ex-presidente Jair Bolsonaro ou mesmo sua esposa, Michelle. A vinda de um deles, ou ambos, de preferência, seria importante para que pudesse haver efeitos práticos do discurso de nacionalização no pleito de 2024.




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