Com Mauro Cid em silêncio, CPI tem bate-boca e confusão entre parlamentares
- Jason Lagos
- 12 de jul. de 2023
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A última sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro antes do recesso parlamentar foi marcada por bate-boca e confusão entre parlamentares e silêncio do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Uma verdadeira tropa bolsonarista esteve presente na reunião, tentando demonstrar força para se contrapor à base do atual governo.
A sessão teve início às 9h desta terça-feira (11) e foi encerrada por volta das 19h. O objetivo principal do encontro desta terça era questionar Mauro Cid sobre sua atuação em um plano golpista após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.
No entanto, o militar, que chegou fardado ao Congresso, ficou calado. Em decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia havia determinado que o comparecimento de Cid à CPMI era obrigatório, mas que o militar teria o direito de ficar em silêncio e não responder a perguntas que o incriminassem.
Ao fim da sessão, o deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI, avaliou que a reunião foi “extremamente proveitosa”. O parlamentar afirmou que o silêncio de Cid já era esperado, e que não foi uma surpresa para os membros da CPMI.
Um dos pontos a serem analisados pelo colegiado é a possibilidade de Cid ter quebrado determinação do STF ao não responder, sequer, a perguntas que não tinham possibilidade de incriminá-lo.
Mauro Cid está preso no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro desde 3 de maio. É acusado de fraudar os cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha, incluindo no sistema que eles teriam sido imunizados contra a Covid-19. Além disso, foram encontradas mensagens de teor golpista no celular do ex-ajudante de ordens.
Créditos: Portal Metrópoles




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