Briga entre Gilson Machado e André Ferreira poderá dificultar a eleição do deputado em 2026
- Jason Lagos
- 12 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O desgaste na relação entre o deputado federal André Ferreira (PL-PE) e o ex-ministro Gilson Machado Neto pode ter consequências sérias para a trajetória política de André, que foi o deputado federal mais votado pelo PL no Nordeste, impulsionado pelo apoio direto de Jair Bolsonaro.
O ex-presidente, que ainda exerce influência significativa na política do estado, já começa a manifestar publicamente seu apoio a Gilson, sugerindo que, para ele, o ex-ministro é o nome mais alinhado com os princípios e projetos que o bolsonarismo defende.
Gilson está fortalecido dentro do PL local, e agora parece contar com o reforço da imagem de Bolsonaro em sua campanha, o que pode colocar André em uma posição fragilizada na disputa por votos no Estado.
O ápice da crise entre Gilson e André foi a semana passada. O deputado refereriu-se ao ex-ministro como alguém que é "um criador de problemas para todos, egocêntrico, só pensa nele". Por sua vez, Gilson publicou na imprensa um duríssimo texto contra André Ferreira, que segue na íntegra.
- É no mínimo estranho e contraditório ver a postura bipolar de André Ferreira. Em várias entrevistas anteriores, ele me elogiou e me colocou como um dos majoritários do nosso partido. Agora, decide se referir a mim de maneira ofensiva, tosca, parecida com o seu próprio biotipo.
- Em vez de gastar tempo atacando a mim ou ao meu filho, Gilson Filho, que se elegeu o vereador mais votado da história do PL sem ter recebido um só centavo do partido, André deveria focar mais no próprio desempenho e postura política, já que muitos começam a compará-lo à Joice Hasselmann — a ex-deputada de São Paulo que traiu pautas do presidente Bolsonaro e, após surfar na onda bolsonarista, despencou para apenas 13 mil votos em 2022 e sequer conseguiu o mandato de vereadora em 2024.
- Quem sabe André Ferreira não acabe virando o “André Hasselmann” de Pernambuco? Vale lembrar que André Ferreira não apenas votou pela prisão do deputado Daniel Silveira, mas também votou pela volta do imposto DPVAT, contra a orientação do presidente Bolsonaro e mandou 1 milhão e duzentos e setenta mil reais do fundo eleitoral do partido para o Cunhado Vereador.
- Além disso, usa a imagem de Bolsonaro conforme lhe convém e não se incomoda em subir em palanques ao lado de apoiadores de Lula, como foi visto recentemente em Sairé e Gravatá. Essa postura dúbia e de conveniência política não tem mais espaço junto aos conservadores esclarecidos.
- Em vez de fazer ataques vazios e tentar ganhar relevância com críticas a quem sempre trabalhou com coerência e entrega, André Ferreira deveria respeitar o trabalho de quem realmente contribui para o fortalecimento da base de apoio ao presidente Bolsonaro em 2026.




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