Braga Netto diz que compra de coletes balísticos, alvo da Polícia Federal, não foi efetivada
- Jason Lagos
- 13 de set. de 2023
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O general Walter Souza Braga Netto, interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro em 2018, manifestou-se sobre a investigação da Polícia Federal que apura a compra de coletes balísticos no período.
Em nota, o general afirmou que o contrato com a empresa CTU Secuty foi suspenso após avaliação de supostas irregularidades em documentos fornecidos pela empresa.
Braga Netto afirma que os coletes não foram recebidos. O próprio Gabinete de Intervenção Federal suspendeu a licitação na época — o caso foi solucionado pela Casa Civil do governo Michel Temer. Ou seja, não houve nenhum repasse de recurso à empresa e o dinheiro da compra foi devolvido ao Tesouro Nacional. As contas do gabinete de intervenção no Rio foram analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “
Os coletes não foram adquiridos ou tampouco entregues. Não houve, portanto, qualquer repasse de recursos à empresa ou irregularidade por parte da Administração Pública. Afirmou Netto. “O empenho foi cancelado e o valor total, mais a variação cambial, foram devolvidos aos cofres do Tesouro Nacional.”
Na manhã desta terça-feira, 12, Braga Netto teve o sigilo telefônico quebrado pela Polícia Federal no âmbito da operação que investiga a compra de 9.300 coletes balísticos na gestão Temer.
O contrato da compra - não realizada - foi de R$ 40 milhões, por meio de dispensa de licitação. O documento foi assinado pelo então ordenador de despesas, Francisco de Assis Fernandes, e retificado por Walter Braga Netto, que era interventor à época.
Agentes da Polícia Federal avaliam que a quebra de sigilo do ex-ministro Walter Braga Netto pode contribuir com outras investigações e não apenas sobre o caso específico dos coletes à prova de bala no Rio de Janeiro. Uma delas pode ser o inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.




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