Bolsonaro se encontra com Tarcísio em meio a rumores de chapa com Michelle
- Jason Lagos
- 17 de jun.
- 3 min de leitura

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estará ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (17), em Presidente Prudente, no interior paulista. Bolsonaro vai acompanhar Tarcísio em uma série de compromissos ao longo do dia, entre os quais, uma visita à Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte).
O encontro entre os dois ocorre em meio ao aumento das especulações de que Tarcísio pode ser o candidato do grupo bolsonarista à Presidência da República em 2026.
Nos últimos dias, aliados do ex-presidente voltaram a aventar a possibilidade de uma costura que coloque o governador paulista como cabeça de chapa para a disputa do Palácio do Planalto, tendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como vice.
Antes de depor como réu no STF, Bolsonaro se preparou com seus advogados em São Paulo. O ex-presidente foi recebido por Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes, onde ficou hospedado durante o fim de semana.
Segundo aliados, uma eventual chapa em que Michelle Bolsonaro seria vice de Tarcísio na corrida à Presidência é também uma forma de o ex-presidente garantir que o governador de São Paulo, caso seja eleito presidente, vá pautar o indulto a Jair Bolsonaro.
Na visão de um interlocutor do Palácio dos Bandeirantes, a ex-primeira-dama como vice elevaria a pressão sobre Tarcísio para perdoar crimes pelos quais Bolsonaro possa ser condenado no julgamento em curso no Supremo. Aliados também avaliam que, como vice, Michelle é uma candidata com apelo no público bolsonarista, que tem condições de levar multidões às ruas.
Interlocutores de Tarcísio de Freitas têm dito, nos bastidores, que o governador paulista é “extremamente leal e fiel” a Bolsonaro e que fará “100% do que o ex-presidente pedir para 2026”. Por ora, Tarcísio tem repetido que vai disputar a reeleição ao governo paulista no ano que vem que seu candidato ao Planalto é Bolsonaro, que está inelegível.
No último domingo, 15, o deputado federal Eduardo Bolsonaro defendeu a participação de seu pai, Jair Bolsonaro, que se encontra inelegível até 2030, na corrida eleitoral de 2026 e criticou o apoio a uma “direita permitida” no pleito, em uma possível referência à candidatura de Tarcísio de Freitas.
“Eu não sei ainda se no Brasil as pessoas entenderam que, com Bolsonaro condenado, não teremos uma eleição normal no Brasil. Teremos uma eleição onde, no máximo, poderá ser eleita uma direita permitida, o que fica longe dos anseios populares, o que significa que o establishment ainda continuará dando as cartas no Brasil”, afirma o deputado em entrevista concedida para um canal no YouTube.
Sobre uma possível candidatura à Presidência, Eduardo Bolsonaro respondeu que “há uma pequena possibilidade” de ele concorrer. O deputado ainda completou afirmando que “toparia esse desafio. Já tive conversas com meu pai neste sentido e ele nunca me desautorizou”.
O filho do ex-presidente afirma que só se enxerga se candidatando à Presidência caso não seja impedido na justiça. Para isso, “os EUA teriam que aplicar as sanções”, ele pondera.
As sanções às quais Eduardo Bolsonaro se refere são as possível medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A punição, possivelmente, se daria por meio da aplicação da Lei Global Magnitsky, usada anteriormente para punir regimes autoritários, integrantes de grupos terroristas, criminosos ligados a esquemas de lavagem de dinheiro e agentes de segurança acusados de assassinatos em série.
Créditos: Metrópoles e Isto É




Comentários